sexta-feira, 25 de junho de 2010

A sorte do Brasil


O Brasil deu sorte por vários motivos. A seleção não jogou nada, Dunga demorou a mexer, quando o fez, errou e o árbitro ajudou, e muito, ao não expulsar Juan no primeiro tempo e por ter Júlio César no gol. Mas vamos por partes.

A seleção jogou mal sim. Júlio Baptista não se achou em campo, Nilmar e Luís Fabiano ficaram isolados, Michel bastos errou tudo o que tentou. Mérito (ou demérito) do técnico português Carlos Queiroz, que armou um 4-5-1, somente com Cristiano Ronaldo à frente e um ferrolho digno de Suíça na marcação. Não sei se mérito ou demérito, porque embora tenha conseguido impedir o Brasil de jogar, Portugal não jogou e ficou em segundo lugar do grupo.

Dunga errou tudo o que tentou. Ao invés de ficar como um maluco gritando para a seleção jogar pela direita (onde estava absurdamente congestionado), o treinador demorou horas para tirar Julio Baptista e ainda colocou Ramires, que além de ser volante, já tinha cartão amarelo e caso tomasse outro seria suspenso. Um risco desnecessário. Melhor seria se tivesse colocado Gilberto, Grafite (recuando Nilmar) ou Robinho. Hoje, Dunga foi refém do fato de ter convocado seus amigos e não ter uma opção para mudar o jogo seja Ganso, Gaúcho ou até Diego.

Quanto ao árbitro ele nos foi favorável sim. A infantilidade de Juan ao meter a mão na bola no primeiro tempo merecia a expulsão, já que Cristiano Ronaldo ficaria em boa situação. Ainda no fim do jogo a bola bateu na mão de Lucio. Não daria o pênalti, mas não seria nenhum absurdo se desse.

Não me canso de falar. Como agarra o Julio César. Seguro, firme e tranquilo foi pouco acionado, mas quando chamado sempre dá conta do recado. Uma bênção para o time canarinho.

Final de um jogo chato, Brasil e Portugal 0 a 0. Time de Dunga em primeiro, de Queiroz em segundo e agora é esperar para ver quem se classifica no grupo H.

Rodrigo Stafford

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