As quartas de final


Chegamos as quartas de final da Copa do Mundo da África do Sul. Apesar de alguma surpresa entre os oito melhores, não há nenhum bobo. Alemanha, Argentina, Brasil, Espanha, Gana, Holanda, Paraguai e Uruguai estão na disputa, em que pela primeira vez na história, os sul-americanos são a maioria. Vamos aos embates:

Brasil x Holanda
Pela quarta vez as duas seleções se enfrentam em Mundiais. Com duas vitórias do Brasil (1994 e 1998) e uma da Holanda (1974). As duas equipes ainda têm mais futebol do que apresentaram até agora. Confronto equilibrado, mas acredito que o peso da camisa amarela pode fazer a diferença para os brasileiros, apesar dos técnicos jogadores holandeses. Acredito que dê Brasil, mas com muito sofrimento. Talvez até disputa por pênaltis.



Uruguai x Gana

Antes do início da Copa, pouco se apostava nestes dois times. Os uruguaios têm tradição, mas que não se confirma há mais de meio século. Com um futebol equilibrado chegou às quartas sem sustos. Gana fez uma primeira fase razoável e conseguiu eliminar os Estados Unidos. É o melhor time da África, mas creio que isso não será suficiente para vencer Lugano e cia. Dá Uruguai. Já Tatiana tem o pressentimento que dará Gana. Intuição feminina pura e não menosprezem isso. Vamos aguardar.




Argentina x Alemanha
O confronto das equipes que mostraram o melhor futebol do Mundial até aqui. Os argentinos têm um ataque poderosíssimo com craques como Messi, Higuaín, Tevez, Aguero e Milito. Mas, a defesa é bem fraca e erra se apertada. A Alemanha apresentou ao mundo jovens craques como Muller e Ozil, que junto com o faro de gol de Klose e a forte marcação característica têm encantado o mundo. Confronto fortíssimo, onde qualquer um pode vencer. Acredito em pênaltis.



Espanha x Paraguai
O jogo com mais discrepância técnica nas quartas de final. Os espanhóis são muito superiores técnicamente e tem um dos melhores elencos do mundo com Xavi, Iniesta, Villa, Torres e Fabregas. O Paraguai, mais uma vez, tem uma defesa fortíssima (só tomou um gol na Copa) e bons atacantes, mas carece de alguém para armar a equipe. Dá Espanha na semifinal. Tatiana também acredita nos espanhóis, mas sem tanta ênfase.



Rodrigo Stafford e Tatiana Furtado
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A estreia da Fúria na Copa


Portugal só levou um golzinho durante toda a Copa do Mundo e ainda assim em impedimento. Mas sua eliminação foi muito justa. A Espanha foi melhor durante toda a partida e seu arsenal de craques faz a bola rolar até encontrar uma maneira de fazer gol. Villa vive uma fase magnífica.

Os portugueses estavam escalados de uma maneira diferente da partida contra o Brasil. Sem a retranca, Carlos Queiroz colocou Simão e Hugo Almeida para auxiliar Cristiano Ronaldo. Mas pouco adiantou e o meio português quase não criava e as jogadas só saíam por muita insistência do lateral-esquerdo Fabio Coentrão. Chance para Portugal só uma lambança de Casillas, que ele mesmo resolveu.


A Espanha ficava com a bola e fazia o jogo rodar em busca de oportunidades, quando elas não surgiam, os chutes de fora da área eram uma arma importante, mas esbarravam na boa atuação do goleiro Eduardo.


No segundo tempo, os espanhóis aumentaram a intensidade e o volume de jogo. Os portugueses ficaram presos no seu próprio campo e não conseguiam sair. Até que Villa, marcou após lindo passe de calcanhar de Xavi. Villa estava impedido, mas o lance era muito dificil para o trio de arbitragem.


Cristiano Ronaldo e seus compnaheiros foram tão dominados, que nem a tradicional pressão de bolas na área no fim do jogo existiu. Para não passar em branco, o árbitro Ricardo Costa errou feio ao expulsar Ricardo Costa no fim do jogo.


Classificação mais que merecida da Espanha, que começa a crescer e assustar na Copa do Mundo.


Rodrigo Stafford
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Pênaltis para decidir jogo ruim


Se no tedioso jogo entre Paraguai e Japão era difícil fazer um prognóstico de quem iria se classificar, todavia era fácil prever que nenhuma das duas seleções passaria por Portugal ou Espanha.

Com a ausência de armadores o jogo foi um festival de chuveirinhos. Pelo menos, neste ponto dá para elogiar alguém. Os defensores atuaram muito bem e chances de gols foram raríssimas, tanto que só me recordo de um chute torto de Roque Santa Cruz, ainda no primeiro tempo.

Os japoneses tinham um mérito. Sabem de suas limitações e jogam no seu limite o tempo todo. A intensidade do jogo niponico contrasta com a ausência de uma técnica maior de seus jogadores. já, o Paraguai apesar de ter bons atacantes e defensores, tem no seu meio-campo um cemitério de criatividade.

A confrmação do 0 a 0 era apenas uma questão de tempo. E com o fim dos 90 minutos, os times fora para mais 30 minutos de prorrogação. Um suplício para jogadores, treinadores e espectadores. Acredito até que o momento mais emocionante da partida foi a roda e o grito de guerra dos samurais japoneses.

Como não dava para ser pior, a prorrogação foi mais animada. Com os dois times perdendo chances de gol, mas ainda insistindo no pouco glorioso jogo aéreo. E até que enfim, disputa de pênaltis.

O japonês Komano bateu no travessão e a vaga acabou no colo paraguaio.

Rodrigo Stafford
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O freguês de sempre


O jornal chileno "El Mercurio" estampa em um dos títulos sobre a derrota do Chile: Quando nós sonhamos o Brasil sempre nos desperta. Foi exatamente o que a seleção brasileira fez no Ellis Park. Acabou com o sonho dos chilenos que lotaram o Palacio La Moneda e o Paseo Ahumada, em Santiago. Apesar de todo o retrospecto desfavorável, eles acreditavam que desta vez poderia ser diferente.

Em campo, o Chile mostrou o que tem de mais falho: a falta de poder de finalização. O Brasil de Dunga, o que tem de melhor. Primeiro com a defesa estupenda com Lucio e Juan, que foram dignos de melhores do mundo. Segundo, com o contra-ataque, que quando encaixou foi mortal.

O Brasil começou o jogo em ritmo lento. Procurava encaixar seus contra-ataques e deixou o Chile atacar. Juan e Lucio ganhavam tudo na defesa e Maicon ficou mais preso a marcação. Os chilenos atacavam, mas sem ênfase nada arrumavam. Aí Kaká começou a organizar o jogo.

Mas o primeiro gol, surgiu de uma cobrança de escanteio, que Juan subiu mais alto e marcou. Merecido para este craque da defesa, que muitas vezes é ofuscado por Lucio, que não é melhor, é "apenas" tão bom quanto.

Mas contra a Holanda na sexta-feira, a facilidade não será tanta. O problema não será nem a defesa nem o ataque. Mas o meio-campo. Ramires está fora e Felipe Melo ainda não se recuperou. Vai sobrar pra Josué fazer o papel de segundo homem. Além disso, Daniel Alves não tem correspondido como titular. Novamente, toda a criatividade do Brasil estará nas costas de Kaká.

Não sei se em Amsterdam eles estão acreditando que podem. Mas é bom confiarmos na freguesia da Holanda dos últimos tempos.Mas o Brasil não deixou que fosse. Desfilou em campo toda a superioridade do pentacampeão mundial. Ar de certa prepotência que se via nos rostos brasileiros que viram a partida no Chile. Ninguém, mas ninguém mesmo esperava perder para os chilenos. No máximo, torciam por um golzinho do adversário.

Tatiana Furtado, direto de Santiago

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Finalmente uma Holanda competitiva

Em mais um jogo chato na Copa do Mundo, a Holanda venceu, sem maiores problemas, a Eslováquia por 2 a 1 e está nas quartas de final. Mais uma vez, os holandeses não brilharam como se esperava e jogaram apenas o suficiente.

Mas, na Copa toda, a Holanda não brilhou. Preferiu deixar de lado o futebol-arte em prol de competitividade. Tem dado certo e assusta porque se são comprovadamente talentosos, os holandeses estão aprendendo a jogar para ganhar, o que faltou em muitos Mundiais.

Hoje, eles tiveram o jogo inteiro sob controle. Robben jogou bem, assim como Sneijder. Van Persie não brilhou, mas continua sendo um ótimo atacante.

Se, Brasil ou Chile, não ficarem de olhos bem abertos, a Holanda pode sim passar às semifinais da Copa do Mundo.

Rodrigo Stafford

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Adios, Mexico!

É verdade que o bandeirinha deixou de marcar um impedimento ridículo de Tevez no primeiro gol. Também procede que o zagueiro cometeu um erro tenebroso no segundo gol. E é verdadeira a informação que Lionel Messi não jogou nada. Ainda assim, a Argentina jogou bem venceu o México por 3 a 1 e assustou. Para assustar ainda mais, agora as duas melhores seleções da Copa do Mundo se enfrentam nas quartas de final: Alemanha x Argentina.

Os mexicanos começaram muito melhor e chegaram muito perto do gol em um chute no travessão de Romero e um de Guardado que ninguém sabe como não entrou. Mas a Argentina foi na frente e decidiu. Com a ajuda preciosa do bandeirinha que não marcou o impedimento escandaloso de Tevez.

Higuaín, aproveitando um erro bisonho de Osorio, mostrou categoria e fez o segundo. Os mexicanos se perderam em campo e a Argentina administrou até o fim do primeiro tempo.

Na volta para o intervalo o México veio para cima, mas Carlito Tevez mandou os mexicanos para a lona. Ele se enrolou com dois zagueiros e acertou um chute indefensável. Golaço! Messi, muito marcado, não tocava a bola e nada fazia. Os mexicanos ainda diminuíram com Hernandez e ensaiou uma pressão.

Mas a Copa do Mundo está garantida. Mesmo que não em uma final, os dois melhores times vão se encontrar. Argentina e Alemanha vão fazer uma final de Copa do Mundo. Aguardem!


Rodrigo Stafford

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Vingança doce


Que jogaço fizeram Alemanha e Inglaterra. Cheio de alternativas, falha do juiz, categoria, surpresa e decepção. Ao fim, o placar de 4 a 1 para Alemanha foi justo dentro de campo, mas vale ressaltar que os ingleses foram prejudicados, e muito, pela arbitragem.

A Inglaterrra começou o jogo fazendo a mesma coisa que fez durante toda a Copa do Mundo. Ou seja, nada! Tocava de um lado para o outro sem movimentação e criatividade. Exatamente o inverso dos alemães, que com objetividade, rapidez e inteligência dominavam o jogo com show de Müller, Özil (talvez o melhor da Copa até aqui) e Podolski.

Quando o jogo estava 2 a 1, os ingleses foram seriamente prejudicados pela arbitragem. Em 66, o chute de Hurst na final do Mundial tocou na linha e saiu. O juiz deu gol e a Inglaterra foi campeã. Desta vez, o chute de Lampard bateu no travessão e entrou, mas entrou muito, só que o árbitro mandou o jogo seguir.

No segundo tempo, mesmo desordenada, a Inglaterra foi para cima. Sua frágil defesa ficou muito exposta e os alemães brincaram de jogar futebol. A vitória de 4 a 1 foi justa e quem viu a Alemanha jogar ficou com medo. Eu fiquei.

Rodrigo Stafford
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África for USA

A África continua viva na Copa do Mundo. Em um resultado levemente surpreendente, Gana venceu os Estados Unidos por 2 a 1 e, agora, em um chaveamento improvável encara o Uruguai pelas quartas de final.

Com Bill Clinton, Mick Jagger e Kobe Bryant na torcida, os americanos levaram um gol logo aos 5m, com Boateng. Gana dominava o jogo, e desnorteado, os Estados Unidos não sabiam o que fazer.

O técnico Bob Bradley trocou Clark por Edu e o time se acertou em campo. O técnico acertou de novo ao clocar Feillhaber. O jogador entrou no intervalo e os americanos dominaram o jogo. Donovan, de pênalti, empatou aos 22m.

Os Estados Unidos pararam na defesa de Gana, em especial, do goleiro Kingson, que fez grandes defesas até o fim do tempo regulamentar. Gyan, logo aos 3 minutos, fuzilou Howard e nem a pressão americana no fim da partida conseguiu tirar os ganeses de uma heróica quartas de final.

Rodrigo Stafford






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O Uruguai voltou!



A Celeste voltou! Sim, os Uruguai está nas quartas de final e com boas possibilidades de chegar mais longe. O time de azul venceu a Coreia do Sul por 2 a 1.

Logo no início, Suárez tratou de colocar os sul-americanos na frente em uma falha do goleiro asiático. O jogo era tranquilo para o Uruguai, que cadenciava bem.

Na volta para o intervalo, a Coreia do Sul foi para cima e pressionou os uruguaios até conseguir marcar seu gol, aos 23 minutos com Lee Chung Yong. Finalmente, a defesa Celeste foi batida! A partir daí, o Uruguai voltou ao jogo e Suárez fez o gol da classificação sul-americana e agora enfrenta Gana, que bateu os Estados Unidos.

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Por dentro da primeira fase


Muitas zebras classificadas para as oitavas de final da Copa do Mundo. No grupo A, o Uruguai sobrou na turma e se classificou sem sustos, ao lado do México. A decepção ficou por conta da África do Sul, a primeira dona da casa a não passar de fase, e a vice-campeã França, que foi simplesmente patética.

No grupo B, as zebras africanas ficaram de fora. A Argentina sobrou na turma e jogou muito mais futebol que até mesmo os hermanos esperavam. A segunda vaga ficou aberta e acabou dando Coreia do Sul, mas Nigéria e Grécia lutaram até o fim.

Seguindo, a Inglaterra decepcionou. Jogou mal seus três jogos, mas conseguiu se classificar em segundo. Os Estados Unidos, apesar do primeiro lugar do grupo C, tiveram apenas momentos de bom futebol, mas podem crescer.

A Alemanha surpreendeu e apesar da derrota para a Sérvia, apresentou bom futebol. Gana mostou ser o melhor dos africanos e se classificou. Decepção para a Sérvia, que só jogou bem contra os alemães, mas de resto não mereceu passar de fase.

A zebra passeou pelo grupo E. A Holanda fez seu papel, ganhou seus três jogos e se classificou em primeiro. Esperava-se que Dinamarca e Camarões lutassem pela segunda vaga, mas o Japão atropelou e está nas oitavas com duas vitórias convincentes.

A Itália, valendo-se do poder de sua camisa, achou que poderia ganhar de qualquer um a qualquer momento. Enganou-se. Depois de empatar com Paraguai e Nova Zelândia perdeu da correta Eslováquia pelo Grupo F. Os paraguaios foram muito bem e sobraram. Menção honrosa à evolução da Nova Zelândia, que de baba da Copa, arrancou três empates e por pouco não se classifica.

No grupo do Brasil, nenhuma surpresa. A seleção da Costa do Marfim deixou um pouco a desejar e ficou de fora. Destaque para a goleada de Portugal sobre a Coreia do Norte por 7 a 0.

No grupo H, a Espanha patinou, perdeu para a Suiça e se classificou. O Chile apresentou um futebol muito além do esperado e também mereceu a classificação. Apesar de derrotarem os espanhóis, os suiços não souberam decidir contra Honduras e ficou de fora.


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O personagem da primeira fase, sem dúvida, foi Diego Armando Maradona. Com seus trejeitos e elegância na beira do campo, o técnico da Argentina provocou o amor dos sul-africanos e a inveja dos adversários. Não tem jeito. Provocando amor e ódio, Maradona é sempre Maradona.
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Seleção Futeblogeando


Seleção do Futeblogeando na Copa do Mundo

Primeira Fase:

Benaglio (Suiça); Maicon (Brasil), Lugano (Uruguai), Lucio (Brasil) e Coentrão (Portugal); Verón (Argentina), Ozil (Alemanha) e Messi (Argentina); Higuaín(Argentina), Honda (Japão)e Villa (Espanha)

Destaque também para Tanaka (Japão), Muslera (Uruguai), Tiago (Portugal), Vittel (Eslováquia), Iniesta (Espanha), Podolski (Alemanha) e Donovan (Estados Unidos)
Oitavas de final
Uruguai x Coreia do Sul
EUA x Gana
Brasil x Chile
Espanha x Portugal
Alemanha x Inglaterra
Paraguai x Japão
Holanda x Eslováquia
Argentina x México
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Nem brilhante, nem furiosa


Mesmo sem mostrar sua fúria, a Espanha venceu o Chile por 2 a 1 e se classificou para as oitavas de final da Copa do Mundo.
O Chile começou melhor e até a Espanha marcar, em uma grande bobagem do goleiro Bravo, era melhor na partida. O gol acordou os espanhóis, que logo marcaram o segundo e ainda contaram com uma mãozinha do juíz, que expulsou erroneamente a Estrada.
No segundo tempo, com o resultado da Suiça, os dois times fizeram um jogo camarada e os times quase não atacaram. Com o resultado, a Espanha encara Portugal na próxima fase, enquanto o Chile pega o Brasil. Promessa de bons jogos.
Rodrigo Stafford
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Vexame suiço



E mais uma zebra na Copa do Mundo. Depois de vencer a Espanha e, com um jogador a menos, fazer jogo duro com o Chile, a Suiça conseguiu o mais difícil e empatou em 0 a 0 com a patética seleção de Honduras, que por pouco não conseguiu vencer.

O resultado eliminou a Suiça e Honduras. Os dois times perderam muitos gols e, mais uma vez, destaque para o goleiro Benaglio, talvez o melhor da Copa até o momento. Honduras continua muito longe do que se diz futebol e deve continuar indo às Copas do Mundo de 20 em 20 anos.

Os suiços devem fazer uma reformulação, dando chance aos jovens, que recentemente conquistaram o Mundial sub-17.

Rodrigo Stafford

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A sorte do Brasil


O Brasil deu sorte por vários motivos. A seleção não jogou nada, Dunga demorou a mexer, quando o fez, errou e o árbitro ajudou, e muito, ao não expulsar Juan no primeiro tempo e por ter Júlio César no gol. Mas vamos por partes.

A seleção jogou mal sim. Júlio Baptista não se achou em campo, Nilmar e Luís Fabiano ficaram isolados, Michel bastos errou tudo o que tentou. Mérito (ou demérito) do técnico português Carlos Queiroz, que armou um 4-5-1, somente com Cristiano Ronaldo à frente e um ferrolho digno de Suíça na marcação. Não sei se mérito ou demérito, porque embora tenha conseguido impedir o Brasil de jogar, Portugal não jogou e ficou em segundo lugar do grupo.

Dunga errou tudo o que tentou. Ao invés de ficar como um maluco gritando para a seleção jogar pela direita (onde estava absurdamente congestionado), o treinador demorou horas para tirar Julio Baptista e ainda colocou Ramires, que além de ser volante, já tinha cartão amarelo e caso tomasse outro seria suspenso. Um risco desnecessário. Melhor seria se tivesse colocado Gilberto, Grafite (recuando Nilmar) ou Robinho. Hoje, Dunga foi refém do fato de ter convocado seus amigos e não ter uma opção para mudar o jogo seja Ganso, Gaúcho ou até Diego.

Quanto ao árbitro ele nos foi favorável sim. A infantilidade de Juan ao meter a mão na bola no primeiro tempo merecia a expulsão, já que Cristiano Ronaldo ficaria em boa situação. Ainda no fim do jogo a bola bateu na mão de Lucio. Não daria o pênalti, mas não seria nenhum absurdo se desse.

Não me canso de falar. Como agarra o Julio César. Seguro, firme e tranquilo foi pouco acionado, mas quando chamado sempre dá conta do recado. Uma bênção para o time canarinho.

Final de um jogo chato, Brasil e Portugal 0 a 0. Time de Dunga em primeiro, de Queiroz em segundo e agora é esperar para ver quem se classifica no grupo H.

Rodrigo Stafford
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Costa do Marfim se despede com vitória


Não vi o jogo entre Costa do Marfim e Coreia do Norte. Claro, estava vendo o emocionante 0 a 0 de Brasil e Portugal, que mostrou o quanto a seleção depende de Kaká e Robinho para termos quem possa desequilibrar a partida. Mas pela vinheta da Globo de gol na rodada (saudades do Brasileirão) fiquei sabendo que foi 3 a 0, gols de Yaya Touré, Romaric e Kalou.

Os marfinenses precisavam de um milagre. Uma goleada de 8 a 0 sobre a Coreia do Norte e esperar que o Brasil vencesse Portugal por 1 a 0. Ainda que goleassem - não tiveram competência pra tanto -, dificilmente entrariam por causa da dependência de os brasileiros fazerem um gol.

Despedida com vitória, mas sem classificação. Espera mais da seleção de Drogba. Muita força, mas pouco futebol.



Tatiana Furtado
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Laranjada de primeira


Sobrando no grupo E, a Holanda chegou a sua terceira vitória na Copa do Mundo, por 2 a 1, e se classificou sem sustos. Os Leões Indomáveis de outrora não passaram de gatinhos infensivos e Camarões saiu da Copa do Mundo na África amargando três derrotas.
Se o time laranja (que jogava de branco) não encantou o mundo como em outros Mundiais, mostrou um futebol rápido, ofensivo e eficiente. Talvez assim, tenha mais chances de conquistar seu primeiro título. Agora não deve ter problemas para elimiar a Eslováquia nas oitavas de final.
Arjen Robben dá um enorme toque de qualidade aos holandeses que podem ir bem longe. sua estreia no Mundial alivia os holandeses que ainda tem em seu scretch Sneijder, Van der Vaart e Van Persie.
Sobre Camarões o que falar? É um bando em campo sonhando que o craque Et0'0 pegue a bola drible todos e faça o gol. Não é uma equipe e está muito longe disso. Vive dos dias de glória de Roger Milla.
Rodrigo Stafford
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Honda wins


Zebra, zebra e zebra. Quase ninguém apostava no Japão, nem os japoneses. Ainda mais em um grupo com Holanda, Dinamarca e Camarões. Mas o time do técnico Takeshi Okada arrumou uma forma de jogar. Fechadinho atrás, veloz nos contra-ataques e mortal nas bolas paradas, os japoneses estão nas oitavas de final e pegam o Paraguai. O título é uma homenagem aos fãs de Street Fighter e ao destaque do jogo.

A bola parada foi o calcanhar de Áquiles da Dinamarca. Além de insistir nas jogadas aéreas que se mostraram infrutíferas, os goleiro Sorensen conseguiu tomar dois gols de falta. Um de Honda e um de Endo.

Aliás, o atacante Honda foi o grande destaque da partida e soube prender a bola, driblar na hora certa e até fazer uma jogada sensacional, que culminou no terceiro gol de Okazaki.
Classificação justa, mas a alegria só deve durar até as oitavas de final, quando o Paraguai é muito favorito.

Triste para a Copa a saída da Dinamarca, certamente as arquibancadas perderão na beleza de suas torcedoras.
Rodrigo Stafford
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Bonitinhos, mas ordinários


Passei boa parte da pré-Copa ouvindo como os italianos eram bonitos e sexy, mas nada disso adiantou quando a bola rolou. Com uma seleção envelhecida, com pouco talento ofensivo e com uma defesa, que se em 2006 foi o ponto forte, desta vez falhou demais, a atual campeã Itália caiu na primeira fase e não pode mais alcançar o pentacampeonato do Brasil.

A Azzurra começou a partida contra a Eslováquia da mesma forma blasé, que enfrentou Paraguai e Nova Zelândia. Desinteressada, achando que só a camisa marcaria o gol da classificação a qualquer momento, os italianos foram surpreendidos com o gol de Vittek, aos 25 minutos do primeiro tempo.

Mas, o revés não mudou o jeito de jogar italiano e os eslovacos continuaram dominando a partida. A Azzurra só deu sinais de melhora a partir da da entrada de Pirlo, que empurrou a equipe para frente. A partir daí, a Itália entrou em campo e pressionou o adversário.


Só que em um contra-ataque Vittek ampliou para a Eslováquia. Quando tudo parecia perdido, Di Natale diminuiu e deixou os italianos a um gol da classificação. A Itália pressionou, a Eslováquia se defendeu, tirou bola em cima da linha e até teve a sorte do bandeirinha anular um gol muito complicado (Quagliarella estava impedido por muito pouco). Quando esteve muito perto do gol de empate, os italianos tomaram uma marretada na cabeça. Kopunek tocou na saída de Marchetti e fez 3 a 1.

O golpe foi definitivo. Nem o gol de Quagliarella, já nos acréscimos impediu a eliminação. A final da Copa de 2006 entre Itália e França, ficou eliminada na primeira fase. Com a saída da Azzurra, a Copa perde em emoção, empolgação e talento. O futebol, mais uma vez, mostra que só ser bonito não adianta.

Rodrigo Stafford
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Parabéns para os dois


O Paraguai fez o papel dele. E fez bem feito. Só precisava de um empate para garantir a classificação às oitavas de final. Jogou para isso. E para Nova Zelândia só elogios. Em um país onde o futebol é amador, conseguiu chegar ao Mundial e arrancar três empates de seleções mais fortes.

Os sul-americanos foram senhores da partida. Administraram o jogo e em nenhum momento correram riscos de perder e serem eliminados da Copa do Mundo. O time do argentino Gerardo Marino é forte e vai brigar para ir mais longe que as oitavas de final.

A grande campanha da Nova Zelândia deve dar uma nova vida ao esporte no país. Os jogadores devem e merecem ser recebidos como heróis e a profissionalização do esporte pode ajudar e muito. Só para constar, os neozelandeses terminarão a Copa na frente da atual campeã Itália e da vice França. Uma vitória maiúscula, apesar do time só ter empatado.

Rodrigo Stafford e Tatiana Furtado

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Felicidade duplicada


Vencedores e vencidos, alemães e ganeses deixaram o estádio Soccer City abraçados e felizes da vida. No placar 1 a 0 para a Alemanha. Na tabela, presença garantida de ambos nas oitavas de final. O primeiro duela com a Inglaterra, no que deve ser guerra em campo. O segundo terá os Estados Unidos pela frente.

Em campo, o empate não teria sido injusto, ambos teriam se classificados, mas com as posições invertidas. As duas equipes jogaram pelo objetivo do futebol: fazer gols. Os alemães, com um time muito bom, conseguiram ser mais certeiros. Özil acertou belo chute de fora da área e garantiu a vitória e o alívio. Gana não se intimidou diante da Alemanha e do seu histórico em Mundiais - nunca deixou de se classificar para a segunda fase de uma Copa. Teve muitas chances, levou perigo ao gol de Neuer. Só que a pontaria não estava nos seus melhores dias.

Ainda bem que a Sérvia não fez seu papel no outro jogo e finalmente um africano passou às oitavas.


Tatiana Furtado
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A morte dupla de Sérvia e Austrália


Quem não faz, leva. O ditado que todos aprendemos ainda na infância seja num jogo de futebol ou numa partida de botão ou totó, foi a tônica de Sérvia e Austrália.

Os sérvios, se mostraram carentes de um matador, e cansaram de perder gols.
Não que os australianos não tenham perdido diversas chances, mas pelo menos eles chegaram aos gol duas vezes, com Cahill e Holman. Mas não foi nem perto com o que fez Zigic, Pantelic e Krasic.

O resultado eliminou sérvios e australianos e teve peso diferente para ambos. Se para o time europeu, o resultado foi decepcionante, já que a classificação só dependia deles mesmos, mostrou também que os sérvios estão muito longe de um dia vencer uma Copa do Mundo. Já os australianos mostraram ao mundo que não são tão ruins, nem tão violentos quanto mostraram no primeiro jogo contra a Alemanha.


Fim de jogo, fim de Copa e as duas seleções eliminadas abraçadas
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Yes, we can


Este aí em cima na foto fez valer o lema americano "Yes, we can", propagado pelo presidente Obama. Donavan foi um dos que acreditaram até o fim na classificação americana às oitavas de final. O camisa 10 dos EUA fez o gol nos acréscimos, que não só deu a vaga, como o primeiro lugar do Grupo C, à frente dos ingleses.

Longe de apresentar um futebol brilhante, o time americano mereceu se classificar pelo simples fato de ter lutado pela vitória mais do que a Argélia. Se faltou qualidade no arremate - como perderam gols feitos, que o diga Dempsey -, vontade teve de sobra. Não à toa, o gol saiu aos 46 minutos do segundo tempo, quando o empate estava classificando a Eslovênia, que acabara de perder pra Inglaterra.

Os Estados Unidos mostraram que podem sim com um futebol competitivo e lampejos de talento nos pés de Bradley e Donovan. Diante de um time de mais qualidade não devem ter a mesma força. Mas que eles podem, podem.

Tatiana Furtado
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Na conta do chá inglês



Mais uma vez os ingleses não jogaram bem, mas pelo menos desta vez mostraram vontade. Verdade que ao fim do jogo foi uma vontade meio tímida, segurando o 1 a 0, contra a Eslovênia, que estava satisfeita com a derrota que a classificou até o fim do jogo, quando Donovan fez o gol da classificação dos Estados Unidos.

Mas o castigo pela falta de ambição inglesa pode ser jogar com a Alemanha nas oitavas de final, já que os norte-americanos ficaram na primeira posição do grupo C.

Vamos ao jogo. A Inglaterra trocou o péssimo Heskey por Defoe e o ataque ganhou mobilidade. Rooney saía mais da área e o time corria mais. No entanto, a falta de velocidade continuou no meio-campo e sem ninguém para abrir espaços (Milner não faz isso), Gerrard e Lampard continuavam trocando passes sem mostrar a criatividade que têm em seus clubes.

O segundo tempo foi mais animado. Os ingleses tentavam furar a defesa da Eslovênia, que plantada esperava pelo empate entre EUA e Argélia para se classificar. Fabio Capello mexeu mal. Não ao colocar Joe Cole em campo, já que até a rainha Elizabeth acha que ele deve ser titular, mas ao tirar Rooney, que saiu de campo bem bravo.

Tirando uma chance da Eslovenia, salva pelo zagueiro Upson, nos últimos quinze minutos não houve jogo com ingleses e eslovenos prendendo a bola. Para ir adiante no Mundial, os ingleses precisam de mais criatividade e velocidade para ganhar de times mais fortes que a Eslovenia.


Rodrigo Stafford
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Misto morno argentino consegue 100%


A Argentina não foi a Argentina. Mas para vencer a Grécia não precisa. Com uma atuação sem graça, o time misto dos hermanos derrotou os gregos por 2 a 0 e se classificou em primeiro lugar no grupo B com 100% de aproveitamento. O adversário agora será o México.

No primeiro tempo, os gregos foram ligeiramente superiores pela necessidade do resultado. Eles foram para cima do time sul-americano, mas pouco assustaram o gol de Romero. Despreocupado, Messi jogava burocraticamente.

O puxão de orelhas de Maradona e a sorte de Demichellis deram uma movimentada na segunda etapa. O zagueiro marcou o primeiro gol em um bate e rebate na área grega. No segundo gol, Messi, que estava assanhado e individualista na etapa final, chutou na trave e aí o artilheiro brilhou. Martín Palermo, que acabara de entrar, tocou na saída do goleiro e fechou o placar.

Para os gregos a participação foi melhor do que o esperado. Eles ganharam um jogo e fizeram gols, o que nunca tinha acontecido na história dos Mundiais.

Rodrigo Stafford
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No sufoco, Coreia do Sul se classifica


Que sufoco! Apesar da pressão nigeriana e dos vários gols perdidos das mais diferentes maneiras, a guerreira Coreia do Sul, com muita sorte, arrancou um empate em 2 a 2 e está, pela primeira vez fora de seu país, classificado para as oitavas de final da Copa do Mundo. O adversário agora é o Uruguai.

O zagueiro Lee Jung-Soo, ainda no primeiro tempo, e o atacante Park Chu-Young, na etapa final, fizeram os gols da vitória. Uche e Ayegbeni marcaram para a Nigéria.

Os nigerianos perderam gols incríveis com Obinna e, principalmente, com Ayegbeni, que sem goleiro errou o alvo. Os coranos se seguraram na defesa e esperaram o jogo passar porque se alguém mereceu vencer a partida foi o time africano.

Rodrigo Stafford
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África do Sul sai de cabeça erguida


De um lado a África do Sul, primeira anfitriã a não se classificar às oitavas de final, deixou a Copa do Mundo de maneira digna, com vitória diante da sua torcida, que fez bonita festa. Do outro, a França visivelmente abatida, um verdadeiro climão em campo e no banco de reservas. Ao fim, ambas deram juntas adeus ao Mundial.

No jogo, a África do Sul sempre procurou mais o gol do que o adversário. A França parecia estar em campo apenas por obrigação. Chegou algumas vezes, mas nenhum lance realmente de perigo. O time de Parreira acreditou na classificação, mesmo não tendo demonstrado muita qualidade. Conseguiu fazer dois, após a expulsão, que considero exagerada, do meia Gourcuff. Mas não foi suficiente.



Como foi toda pra frente, os franceses tinham o contra-ataque a seu favor. Foi assim que Malouda diminuiu. Pode ser impressão minha, mas me pareceu que ele não queria fazer o gol. Só fez porque estava sozinho na frente do goleiro. E mal comemorou.

O mal estar era claro entre os jogadores e a comissão técnica. A França sai da África do Sul com péssima imagem para todo o mundo.

Tatiana Furtado
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Jogo de Cumpadres


Com os pés no campo em Rustemburgo e os ouvidos em Bloemfontein, México e Uruguai fizeram uma partida de cumpadres, pela última rodada do grupo A, da Copa do Mundo. Melhor para o time de Loco Abreu (que não jogou) que venceu por 1 a 0.

Os uruguaios foram melhores e tiveram a partida sobr controle, principalmente depois do gol marcado por Suárez, no fim do primeiro tempo. Destaque para o belíssimo cruzamento de Cavani.

Com gol da França, aí que o México não queria mais nada mesmo, pois os sul-africanos precisariam fazer mais três gols. Os mexicanos tocaram a bola sem pressa e os uruguaios até tentaram marcar o segundo, mas não foram bem sucedidos.

Os dois terminaram o jogo abraçados e classificados. A tendência é que mexicanos encarem a poderosa Argentina, enquanto o Uruguai pegará a Coreia do Sul ou Nigéria. Resumo da história, uruguaios com ótimas chances de ir para as quartas de finais, enquanto o México, com chances reduzidas.

Vamos conferir!


Rodrigo Stafford
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Espanha ainda longe de ser a Fúria


A Espanha tirou o peso das costas e conseguiu a vitória. Nada mais do que a obrigação diante da fraca Honduras. Agora, basta um 1 a 0 contra o Chile e a Fúria garante a vaga nas oitavas de final. Se em primeiro ou segundo, vai depender do resultado da partida entre Suíça e Honduras.

O show espanhol, no entanto, não veio. Certo que a equipe criou inúmeras chances, não sofreu nenhum risco claro de gol, mas perdeu outras tantas oportunidades. Aí está o problema, não poderia ter desperdiçado tantos gols. Uma goleada convincente deixaria a seleção em ótima situação para terminar em primeiro, sem se preocupar tanto quanto o resultado do adversário.
Além disso, daria o moral necessário para a fase seguinte e mostraria o tão falado poderio ofensivo da equipe. Torres ainda está devendo, Villa poderia ter saído como um dos artilheiros do Mundial. Já as mudanças na equipe, surtiram efeito. Sem Iniesta, fora da melhor forma, o time foi mais veloz.

Tatiana Furtado
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Expulsão decide para o Chile


Em uma partida complicadíssima para a arbitragem, o Chile venceu a Suiça por 1 a 0 e embolou de vez o grupo H. Um lance marcou o jogo. Aos trinta minutos, Behrami acertou Beausejour com o cotovelo e foi expulso. Tenho dúvidas quanto ao dolo do lance, logo quanto a expulsão.

O jogo que estava equilibrado mudou completamente de panorama da partida. Os chilenos foram para o ataque e só restou a defesa para os suiços. No intervalo, El Loco Bielsa acertou em cheio nas substituições e colocou Valdivia e Mark González nas vagas de Suazo, que não estava bem, e Vidal. O time ganhou velocidade e criatividade. E nem a poderosa defesa suiça conseguiu conter o gol de Mark Gonzalez.

O Chile ainda perdeu alguns gols, mas a Suiça teve a chance de empatar aos 44m. Derdiyok, livre na marca do pênalti, chutou para fora a chance de deixar a sua equipe muito perto da classificação.


A vitória chilena foi muito merecida. Jogaram com mais vontade e ímpeto ofensivo, mas se há um grupo enrolado na Copa do Mundo é este.


Rodrigo Stafford
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Chocolate português: 7 a 0


Ao contrário do jogo com a Costa do Marfim, Portugal teve espaços para jogar. Ao contrário do jogo com o Brasil, a Coreia do Norte deixou jogar e resolver ir ao ataque. Daí os motivos por que os portugueses golearam os norte-coreanos por 7 a 0, o maior placar até aqui. Além disso, Cristiano Ronaldo, mesmo sem ser brilhante, serviu de garçom e desencantou com um gol que teve uma espécie de drible da foca.


Outro motivo foi a mudança feita por Carlos Queiroz no time. Desde as entradas de Tiago e Hugo Almeida, que foram muito bem, à postura da equipe, que impôs velocidade e sua maior qualidade técnica. Já nos primeiros minutos, bola na trave. Sem a marcação forte que sofreram dos grandalhões marfinenses, o meio-campo conseguiu armar, trabalhar a bola, fazer seu jogo.


No primeiro tempo, até que os norte-coreanos deram um sufoco em Portugal. Tiveram mais chances de gol que o adversário. Mas bastou a bola na rede de Raul Meirelles - bela enfiada de Tiago - para a porteira se abrir. No segundo tempo, os norte-coreanos não viram a cor da Jabulani. Gol atrás de gol numa defesa desnorteada.


Sexta-feira devemos ver um jogo de cumpadres, pois o empate garante matematicamente Portugal e o primeiro lugar do Brasil. A não ser que seja possível escolher o adversário nas oitavas de final. Mas vai depender dos jogos de logo mais.


Tatiana Furtado
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La Mano de Dios


E o Brasil estreou na Copa do Mundo. Se a atuação não foi de gala, foi de um time competitivo, que é postulante sim ao título da Copa do Mundo. Gostando-se ou não dos comandados por Dunga, eles vestem a camisa amarelinha. E ela assusta os adversários.

A seleção melhorou por quê? Kaká subiu de rendimento, mesmo estando muito, mas muito longe do Kaká que ele pode ser. Elano é um dos melhores coadjuvantes do mundo. A defesa é um primor e as atuações de Lucio e Juan enchem os olhos cada vez que entram em campo. Luis Fabiano, para queimar a minha língua, por enquanto, não amarelou. Além de dois gols, mostrou ser o camisa nove. E sua marota mão nos fez lembrar, com sérias restrições técnicas, do craque Maradona.

Sem dúvidas o Fabuloso foi o nome do jogo, mas peço atenção especial a um jogador criticado injustamente: Felipe Melo. Ele fez boa partida. Cobriu os laterais e não deixou o meio-campo da Costa do Marfim criar. E para completar ainda tem que carregar Gilberto Silva nas costas.

Aos marfinenses apenas críticas. Um time violento e descontrolado. E o banana do árbitro francês tem o desplante de expulsar o Kaká. A missão do árbitro é coibir a violência e não o futebol.

Alguns podem achar que estou empolgado, quase ufanista. Quem me conhece sabe que não é verdade, mas não se pode subestimar os brasileiros em qualquer esporte que tenha futebol no nome.

Rodrigo Stafford
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A Itália de sempre




A Itália ficou no 1 a 1 com a Nova Zelândia. Resultado ridículo, sem a menor sombra de dúvida. Mas, um resultado tipicamente italiano em primeira fase de Copa do Mundo.

Eles sempre vão mal no início dos mundiais, ficam desacreditados e de pouquinho em pouquinho vão passando de fase e quando menos se vê, lá estão eles em uma final ou levantando o troféu. Nos quatro outros títulos foi assim.

Quanto mais eles tropeçam, mas eu me assusto. Ainda assim o time é fraco e sente muito a falta do meia Pirlo. Não o considero um cracaço, só que faria diferença naquele meio-campo de pouquíssimo talento. Outro que não pode ficar fora é Di Natale, no lugar de Gilardino.

Fato é que uma vitória contra a Eslováquia classifica os italianos. Não duvido disso.
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Paraguai ataca bem, mas não resiste a se fechar


O Paraguai mostrou a que veio e como veio jogar na Copa do Mundo. Empatou com a Itália na estreia e venceu agora a Eslováquia com tranquilidade por 2 a 0. Um time forte na marcação, mas que não se limita a marcar. Pelo contrário. Apesar de não ter um grande armador, o poder paraguaio passa pelos pés de Roque Santa Cruz, Valdez e Lucas Barrios, que foi um dos melhores do jogo. Ainda conta com a chegada surpresa de Vera, que marcou um dos gols. O outro foi de Riveros. E tem Cardozo no banco.

Já a Eslováquia parece ter ido à África do Sul apenas fazer figuração. Tem alguns jogadores talentosos, como Weiss, mas que fica perdido no meio de tanta falta de qualidade. Em momento algum, levou perigo de verdade aos paraguaios. A única boa defesa de Villar foi aos 46 minutos do segundo tempo. Ganhar da Itália seria grande zebra.


O problema do Paraguai é a tendência à retranca. O time faz um gol, é muito superior ao adversário, pode matar o jogo, mas não o faz. Parece ser mais forte que eles. Têm a vantagem e recuam pra segurar o placar. Assim fizeram no segundo tempo contra a Eslováquia. Sorte que os eslovacos são bem fraquinhos.

Tatiana Furtado
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Dinamarca é a fiel da balança




O gol de Rommedhal na vitória da Dinamarca trouxe a primeira definição da Copa. Classificou a Holanda e eliminou Camarões. Além de ter mantido as esperanças dos dinamarqueses, que só dependem de si para chegar às oitavas de final.


A classificação da Holanda não é nenhuma surpresa, afinal está entre as favoritas. Mas a eliminação de Camarões na segunda rodada não era esperada. Assim como uma derrota para o Japão. Acontece que o inesperado se dava principalmente pela presença do craque Eto´o. Em campo, no entanto, os camaroneses pouco tiveram de equipe. No jogo, até que começaram bem e a estrela do time marcou o seu e chegou a dar esperanças aos africanos.

Esperanças vãs porque os dinamarqueses foram frios o suficiente. Não se abalaram com o domínio de Camarões no primeiro tempo e voltaram para o segundo calmos, tocaram a bola com tranquilidade e aproveitaram as chances. O empate veio com Bendtner, que mostrou ser um centroavante oportunista e estar no lugar certo, na hora certa. Rommedhal marcou o da virada.

Fim de jogo, choro de uma das esperanças africanas. E comemoração contida dos dinamarqueses, assim como seu futebol em campo.

Tatiana Furtado
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Com 1 jogador a mais, Gana empata com Austrália e se complica



Gana desperdiçou uma grande chance de se classificar para a 2ª fase da Copa. Com um jogador a mais desde os 25 minutos do 1º tempo, empatou em 1x1 com a Australia e lidera o grupo D com 4 pontos. Na última rodada tem missão difícil: joga contra a Alemanha, precisando de um empate para se classificar. Em caso de derrota, precisa torcer para a Austrália não perder para a Sérvia.


Os australianos, que na primeira rodada foram goleados pelos alemães por 4x0, surpreenderam os ganeses e sairam na frente logo no início da partida, com gol de Holman, que aproveitou rebote do goleiro aos 11 minutos. No entanto, a alegria durou pouco. Aos 25 minutos, Kewell, em cima da linha, deixou o braço e evitou o gol de empate de Gana. Mas o juiz viu, expulsou o apoiador e marcou penalti. Gyan fez seu segundo gol na Copa, o segundo de penalti, e empatou o jogo.


Embora tenha disperdiçado boas chances no primeiro tempo, Gana voltou mal para a segunda etapa e a Austrália, mesmo com um jogador a menos, teve mais chances de vencer a partida. Mas o placar manteve-se inalterado e o jogo terminou empatado em 1x1.

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Sem Robben, Holanda vence por 1x0 e fica muito perto da vaga



A seleção holandesa manteve seu aproveitamento de 100% e venceu o Japão por 1x0, embora tenha encontrado mais dificuldades do que o esperado.

No primeiro tempo, enquanto a posse de bola era toda holandesa, os japoneses se defendiam muito bem e saiam nos contra-ataques com perigo. Os holandeses pareciam sentir a ausência de seu grande astro, Robben, que se recupera de contusão.

A Holanda voltou do intervalo com mais disposição em atacar. E logo aos 8 minutos saiu o gol da vitória, com grande contribuição do goleiro Kawashima em chute de fora da área de Sneijder. O Japão teve boas chances de empatar, mas seus atacantes não estavam com a mira apurada. Os holandesses também chegaram a assustar, mas desperdiçaram as oportunidades que tiveram.

No fim, o resultado de 1x0 e a certeza de que a seleção holandesa ainda tem muito a evoluir, principalmente com a volta de Robben.
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Inglaterra atua "a la França"


Faltam adjetivos para definir a péssima atuação da Inglaterra contra a Argélia. Acho que só tive tanta dificuldade para escrever na ridícula partida que a França fez contra o México. O 0 a 0 não foi justo. Se fosse possível, o jogo teria de ser um -2 a -2.

Poucas vezes uma seleção jogou tão burocraticamente quanto o English Team. Os criativos meias Steve Gerrard e Frank Lampard nada criaram. Os pontas não atacaram e Wayne Rooney, fora de suas melhores condições, lutou sozinho contra a defesa adversária, já que Emilie Heskey, mais uma vez, atrapalhou mais do que ajudou. Já passou da hora do grandalhão Peter Crouch virar titular da seleção. No gol, seja Green ou James, o perigo de frangos é real.

Falar da Argélia? O que? Que eles apenas se defenderam? Seria injusto, pois a marcação no meio-campo funcionou muito bem e anulou completamente o meio inglês. No meio para frente, a equipe é um deserto de criatividade.

Se não melhorar 200%, os ingleses não passarão pela Eslovênia, que com quatro pontos, só precisa de um empate para avançar para a próxima fase. Certamente, a retranca é uma opção a eles, coisa que, só de pensar, dá pânico na rainha.
Rodrigo Stafford
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Eslovênia: De quase classificada a quase eliminada


Da onde não se espera nada, aí que não acontece coisa nenhuma. Esta é a Eslovênia, que chegou sem grandes pretensões à Copa do Mundo, ganhou o primeiro jogo em um frangaço do goleiro da Argélia e fez um bom primeiro tempo, hoje, contra os Estados Unidos, abrindo 2 a 0.

O resultado classificava os eslovenos e praticamente eliminava os americanos. Só que não dá para esperar muito de um time fraco. No segundo tempo, os Estados Unidos dominaram a partida, conseguiram o empate e ainda foram prejudicados pelo árbitro (que é igualzinho ao volante Somália, do Botafogo), que anulou um gol legítimo dos americanos no fim da partida.


Resumindo, só deu Eslovênia na primeira etapa e Estados Unidos na segunda. Destaque para os dois camisas dez. O esloveno Birsa que mostrou categoria no primeiro gol e Donovan que mostrou, além de categoria, muito espírito de luta.

De quase classificados, com o empate em 2 a 2, os eslovenos foram para a condição de quase eliminados, já que terão que vencer a Inglaterra no último jogo. Você acredita? Não, nem eu!
Rodrigo Stafford
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Com ajuda do juiz e de Podolski, Sérvia derrota a Alemanha


Pela primeira vez na Copa, a arbitragem influenciou no resultado da partida. Tudo bem que a falta de pontaria do Podolski pode entrar nessa conta aí. Mas o fato é que Klose foi expulso incorretamente, e por isso a Sérvia ganhou algum espaço para marcar o gol da vitória. Em boa jogada iniciada por Krasic, o melhor jogador sérvio, que passou pelo grandalhão Zigic e Jovanovic só teve o trabalho de completar.

Mesmo com um a menos, a Alemanha mostrou a frieza alemã e voltou para o segundo tempo disposta a empatar o jogo. E a partida melhorou consideravelmente. Os alemães atacavam com Müller, Özil e Podolski, que perdeu um dois gols na cara do goleiro. Os sérvios se encolheram, mas tinham no contra-ataque pela direita com Krasic uma jogada perigosa. Vidic, infantilmente, colocou a mão na bola na área e o juiz marcou pênalti (como seu companheiro já havia feito contra Gana). Parecia que tudo ia mudar a favor da Alemanha. Podolski bateu muito mal e facilitou o trabalho do Stojkovic.


Os alemães tentaram, tentaram, mas não era o dia deles. Löw foi pro tudo ou nada com Cacau, Mario Gomez e Marin. Pra isso tirou os cérebros do time, Özil e Müller, cansados. Não deu certo. A Sérvia ainda teve chance de ampliar, no entanto estava mais do que satisfeita com o resultado e reforçou o meio-campo. Resultado, injusto pra mim, que vai embolar o Grupo B.


Ah, alguém viu Stankovic estrear na Copa?


Tatiana Furtado
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Au revoir, les Bleus?


E a Copa do Mundo começa a engrenar. Desta vez, o jogo animado ficou por conta de México e França. Se não foi um jogo de encher os olhos, valeu pelo menos pela vontade. Um duelo com um quê de zoológico, já que os dois técnicos (principalmente o da França) primam pela burrice.

Com um ar francês, os franceses passaram a partida inteira com aquele famoso ar de superioridade. Seu técnico Raymond Domenech permanecia impassível do banco de reservas, independente do que acontecesse em campo. Se os emxicanos foram levemente superiores no primeiro tempo, as mudanças de Aguirre (três substituições até os 15 do segundo tempo) melhoraram o jogo e fizeram com que o time da América do Norte marcasse dois gols.

Não achei pênalti em Javier Hernandez (que fez o primeiro gol). Mas o México procurou muito mais o gol. Criou mais chances e seu técnico tentou melhorar o time e não trocou seis por meia dúzia como Domenech. Com a vantagem os mexicanos souberam esfriar o jogo. E não pode o Henry ficar no banco o jogo inteiro.

Agora, Uruguai e México se enfrentam na última rodada e um empate classifica os dois times.Quanto você acha que será o resultado da partida? No meio disso tudo, pelo menos uma boa notícia para os franceses. Com mais este resultado pífio, Raymonfd Domenech deve ser demitido do comando francês!


Rodrigo Stafford
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Uma burrice pode colocar tudo a perder


No futebol muito se diz que um segundo pode decidir um jogo. Mas, isto vale para o bem ou para o mal. O animado jogo entre Grécia e Nigéria teve um caso destes. Só que do lado escuro da força. Aos 34 mintos, o nigeriano Kaita deu um chutinho infantil, fora de campo, em Torosidis e foi acertadamente expulso. Burrice pura! E este lance complicou a vida da Nigéria na Copa do Mundo e culminou na derrota de 2 a 1 para os gregos.

A partir daí, a Nigéria, que vencia e era dona do jogo, se encolheu e fez a Grécia crescer. O empate não demorou com Salpingidis (foto), autor do primeiro gol grego em Mundiais. E a virada era questão de tempo. Os gregos, que não gostam muito do ataque no ποδόσφαιρο, se assanharam no campo ofensivo.

Na segunda etapa, a pressão grega aumentou e o goleiro Enyeama apareceu bem, como no primeiro jogo, mas falhou ao soltar o chute de Tziolis e ver Torosidis marcar o gol da vitória da Grécia.

Todos os time têm chances de classificação no grupo B, mas que Kaita deixou os nigerianos em situação difícil, isto não resta dúvida.
Rodrigo Stafford


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O Rolls Royce argentino


Maradona comparou seu time ao pomposo carro Rolls Royce, mas só deixou para explicar o porquê hoje, contra a Coreia do Sul. Com um futebol rápido, inteligente e ofensivo, a Argentina venceu por 4 a 1, com uma grande atuação ofensiva, com destaque para Tevez, Messi, Higuaín (que marcou três gols) e Aguero (que entrou no segundo tempo).

A velocidade que o trio de ataque argentino impõe é impressionante e se leva qualquer defesa à loucura, imagina a sul-coreana. Messi, além de veloz, tem uma habilidade extraterrestre ao controlar a bola. E Aguero, genro do treinador, não pode ficar no banco, apesar de Tevez ter ido bem.

Qual o mérito de Maradona? Cada vez mais a argentina joga em um esquema parecido com o do Barcelona e assim aproveita melhor as qualidades de seu maior craque. Messi sobe de rendimento a cada jogo.

Só que, mais uma vez, a defesa é o calcanhar de Aquiles do time. Demichellis é o rei da lambança e hoje fez mais uma. E seus companheiros de defesa também gostam de errar. Se conseguir controlar a defesa e o ataque jogar com tanta qualidade, a igreja maradoniana vai ganhar milhares de fiéis ao fim da Copa do Mundo.

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Um “preparado” jornalista da TV Globo disse que Higuaín teve uma temporada apagada no Real Madrid. O jogador argentino fez 27 gols, um a mais que Cristiano Ronaldo e atrás apenas de Messi, o artilheiro com 34. Sem falar que o jovem argentino deixou astros como Benzema e Raul no banco de reservas. Apagado não é?

Rodrigo Stafford
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Silêncio na África do Sul


Pela primeira vez, as vuvuzelas silenciaram. Em uma boa atuação da seleção uruguaia, os sul-africanos perderam por 3 a 0 e colocaram um pé fora da Copa do Mundo. O time da casa jogou mal demais.

O primeiro tempo foi ruim de se ver. O Uruguai veio mais bem armado do que no primeiro jogo e a África do Sul sem a contagiante vibração que teve no primeiro jogo. No melhor estilo Parreira, o time da casa nada criava e ficava com a bola, mas sem objetividade. O único lance pertinente foi um chutaço de Forlán, que desviou na defesa e entrou.

Os uruguaios vieram para matar no segundo tempo. E fizeram. Com ótima atuação de Forlán e Suarez (o mesmo que o ex-técnico do Flamengo, Andrade disse que não era melhor que Fabiano Oliveira), a Celeste fez 3 a 0 e deixou sua classificação bem encaminhada.

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Vale ressaltar, que os uruguaios não ganhavam um joguinho sequer desde a Copa de 1990 (não jogaram 94 e 98)
Rodrigo Stafford
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