Festa bonita e um time com vontade de ganhar

Festa bonita e um time com vontade de ganhar

Pela primeira vez vi um estádio de futebol com cara de estádio de futebol nesta Copa do Mundo. Pelo menos ao que estou acostumada a ver por aqui. Foi bonito ver a torcida chilena, em grande número em Nelspruit, cantando o hino mesmo depois que a parte executada pela Fifa se encerrou. Assim como ouvir "Ole, ole, ole, ole, Chile, Chile" suplantar por vezes o som das vuvuzelas.

Em campo, nenhuma surpresa do que se esperar dos chilenos. O time de Bielsa joga para frente, parte para cima do adversário, e busca o gol incansavelmente. Pena que só conseguiu fazer um na fraquíssima Honduras, com Beausejour. Poderia ter sido uns 3 a 0, se não fosse a pontaria descalibrada dos jogadores e alguma insistência em jogadas pelo meio. Parece também que alguns não se acostumaram com a velocidade da Jabulani. Muitos ataques foram desperdiçados em bolas enfiadas com força demais.

O time vai brigar com a Suíça pela segunda vaga e acho que consegue. Tem um camisa 10 que joga como tal. Ainda que Valdívia não tenha aparecido tanto hoje, preso na marcação, mas tem talento de sobra. O jovem Fernández mostrou velocidade e boa visão de jogo. Na frente, Sanchez não deu sossego aos hondurenhos. Os chilenos ainda têm Suazo no banco, artilheiro das eliminatórias sul-americanas.

No fim, um resultado para ser comemorado. Depois de 48 anos, o Chile volta a vencer em uma Copa do Mundo. Informação que me deixou intrigada porque lembrava que os chilenos fizeram as oitavas de final contra o Brasil em 98 (perderam por 4 a 1). Fiquei pensando se eles haviam se classificado sem vencer. Uma consulta no google confirmou: Chile em segundo lugar com três pontos em três empates. Então, realmente vale a festa.


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Os hondurenhos pelo menos podem se gabar de um título: os melhores penteados da Copa. Destaque para Martinez e suas trancinhas com várias cores nas pontas.


Tatiana Furtado