sexta-feira, 11 de junho de 2010

"Rooney Asiático"




No fechado grupo da Coreia do Norte, que imita as condições do seu país, apenas um entre os 23 jogadores parece não ter medo da repressão. Ao menos quando o assunto é futebol, o atacante Jong Tae Se não tem papas na língua. Falastrão, o "Rooney Asiático", apelido que ganhou graças à habilidade e à força, já disse que vai marcar um gol por partida, que com "corações bravos" é possível derrotar o Brasil e espera com bom futebol mudar a imagem ditatorial do regime norte-coreano.

Pelo futebol não creio porque de bom o time da Coreia do Norte não tem muita coisa. Mas o próprio jogador já desmonta um pouco a sisudez da seleção. Talvez a personalidade diferente esteja no seu passado. Tae Se é nascido no Japão, filho de pais sul-coreanos, mas educado em escolas do regime norte-coreano. A opção de defender a Coreia do Norte foi dele, mesmo sem morar ou jogar no país. Como nunca viveu sob os domínios de Pyongyang, a visão de fora fica mais fácil sair em defesa do regime.

Mas como ele mesmo disse política e esporte são coisas bem diferentes. Vamos ver se ele consegue comprovar isso em campo.



Tatiana Furtado

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