Frangaço tira vitória da Inglaterra

Frangaço tira vitória da Inglaterra

A Inglaterra mostrou que tem um time de qualidade técnica com um goleiro fraco. Os Estados Unidos mostraram um futebol de pouco talento com um goleiro em dia inspirado. Esse foi o resumo do empate em 1 a 1 entre as duas seleções. A primeira, sabendo-se superior, lamenta não ter conseguido a vitória. Os americanos comemoram o ponto conquistado diante de uma das consideradas favoritas ao título. E um jogo em que os espectadores esperavam bem mais.

A equipe do técnico italiano Fabio Capello representou a Inglaterra com a sua cara: objetividade. Foi assim que os ingleses dominaram o início do jogo, com toques rápidos, jogadores com a bola no pé o mínimo de tempo possível e sempre pra frente. E todos participando das jogadas. Todos mesmo. Não à toa que o gol inglês saiu dos pés do volante Gerrard, que, como bem frisou Falcão, não é proibido de aparecer na área. Só que o domínio absoluto foi por água abaixo no fim no primeiro tempo, com um frango histórico do goleiro Green. Todo mundo sabia que a Inglaterra não contava com um bom goleiro. Mas ninguém, nos seus piores pesadelos, poderia imaginar que o jogador do West Ham fosse aceitar um chute sem muita pretensão de Dempsey, de fora da área.

Os Estados Unidos voltaram impondo a força física e marcação cerrada, mas quase nada no ataque. Contaram, e muito, com as defesas de Howard, que impediu pelos menos umas três chances de gol. No fim, Capello abriu mão do futebol técnico e voltou ao velho estilo bretão, o famoso chuveirinho com o desengonçado Peter Crouch. De nada adiantou, já era desespero. Agora, ambas terão de fazer gols em Argélia e Eslovênia para decidirem o primeiro lugar.


Tatiana Furtado