África do Sul


Os anfitriões da Copa do Mundo farão figuração na Copa. Além de terem errado ao demitir Joel Santana, o time é péssimo e está em um grupo muito complicado.

Os Bafana Bafana não participaram das eliminatórias, mas fizeram muitos amistosos, com resultados pífios. Agora comandados por Carlos Alberto Parreira, os sul-africanos tem como objetivo passar para a segunda fase da Copa. Acredito que se conquistar um ponto, já está mais do que no lucro.


Para mim, é uma grande interrogação, mas confesso que não acredito nesta surpresa.



Time-base: Khune; Gaxa, Booth, Mokoena. Masiela, Sibaya, Dikgacoi, Modise e Pienaar; Mphela e McCarthy

Técnico: Carlos Alberto Parreira

Ranking da Fifa: 88

Craque: Benni McCarthy


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México


O México tem tudo para ser uma grande potência futebolística. Jogadores talentosos, campeonato organizado e é o esporte predileto do país. No entanto, falta algum tempero para que isto ocorra.

No meio das eliminatórias demitiu o experiente sueco Ericsson e trouxe Javier Aguirre. Conseguiu uma classificação sem sustos, com 11 vitórias, cinco derrotas e dois empates, mas o time não empolga. Ainda depende do veteraníssimo Blanco, que assim como Ronaldo, vem travando uma luta contra a balança. os jornais mexicanos dizem que ele pode estar até 10 quilos acima do peso.

Tem uma grande geração surgindo, mas que só deve dar frutos na Copa de 2014. Porém, não se assustem se os mexicanos passarem pela primeira fase em primeiro.


Time-base: Ochoa; Castro, Marquez, Osório e Salcido; Torrado, Castro, Guardado, Blanco e Giovanni dos Santos; Franco

Técnico: Javier Aguirre

Ranking da Fifa: 17

Craque: Blanco (America-MEX)



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França



Uma das potências futebolísticas do mundo, a França nunca vai a um Mundial para passear. Tem um dos piores técnicos do planeta (Raymond Domenech), que usa métodos como o mapa astral e signos para escalar o time.

Contou com uma mãozinha de Henry para chegar à Copa do Mundo na repescagem, ficando em segundo no grupo 7 (atrás da Sérvia), com seis vitórias, três empates e uma derrota. Mesmo com bons atacantes, Domenech costuma escalar o time no 4-4-1-1, com apenas Henry na frente. Benzema e Anelka ficam no banco.

Neste esquema, o time depende muito de Ribery e Henry. Não se pode duvidar dos atuais vice-campeões do mundo, mas não acho que eles tenham time para ir muito longe.


Time-base: Lloris; Sagna, Gallas, Mexés e Evra; Diarra, Toualan, Nasri e Gourcuff; Ribery; Henry


Técnico: Raymond Domenech

Ranking da Fifa: 8

Craque: Thierry Henry (Barcelona)

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Uruguai

Bicampeão mundial nos primórdios da bola, os uruguaios não assustam mais a ninguém. Com um futebol baseado na força, conseguiram a classificação na repescagem contra a Costa Rica.

Ficaram em quinto lugar nas Eliminatórias com seis vitórias, seis empates e seis derrotas. O time é muito raçudo e tem uma boa dupla de ataque com Forlán e Suárez. El Loco Abreu é uma boa opção no jogo aéreo para o segundo tempo.

Uma boa notícia para os uruguaios deve ser a ausência de Álvaro Recoba na Copa do Mundo. O técnico Oscar Tabarez sabe muito de futebol, mas às vezes se perde nas próprias invenções.



Time-base: Muslera; Fucile, Lugano, Godín e Scotti, Max Pereira, Perez, Eguren e Alvaro Pereira; Suárez e Forlán

Técnico: Oscar Tabarez

Ranking da Fifa: 18


Craque: Forlán (Atletico Madrid) (foto e vídeo)

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Verón também é cracaço


Na Argentina só se fala em Messi, mas o meio-campo da seleção de Maradona tem um outro craque. Se não tem mais o vigor de antes, aos 35 anos, Verón aprendeu a fazer a bola correr. No Estudiantes de La Plata, que luta pelo segundo título nacional, é o dono do time, com passes magistrais e a liderança necessária do capitão. Os brasileiros lembram muito bem dele ano passado na final da Libertadores contra o Cruzeiro.

Fora da Copa de 2002 por diferenças com o então técnico José Pekerman, La Brujita recuperou o posto com Alfio Basile. O momento coincidiu com o seu retorno ao Estudiantes, após a passagem vitoriosa pela Inter de Milão. Voltou e não saiu mais da seleção. Apesar das eliminatórias longe do ideal, com ele em campo o time ganha segurança, toque de bola simples e objetivo e a garra natural - às vezes até demais, transformando em violência.

Menos badalado que os demais companheiros, pode fazer a diferença num lançamento ou cruzamento certeiros quando a marcação ferrenha que Messi terá impedi-lo de jogar.

Tatiana Furtado
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Robinho, o presepeiro


Lembro que quando surgiram os meninos da Vila de 2002, Diego era considerado mais craque que Robinho, tido muitas vezes como presepeiro. Oito anos depois, o meia não fez tanto sucesso internacional, não se firmou na seleção e não vai à Copa. Já o atacante franzino ganhou corpo, foi campeão espanhol duas vezes pelo Real Madrid e é nome incontestável na seleção de Dunga. Mas continua presepeiro...

Se não efeitasse tanto as jogadas e exageresse nos dribles, Robinho podia ajudar muito mais nos clubes e na seleção. A velocidade e a habilidade param, na maioria das vezes, na falta de pontaria. Desde os tempos de Santos, a finalização ruim acompanha o atacante. Não é à toa que tem apenas 20 gols e mais de 70 jogos pelo Brasil. Tudo bem, pode-se alegar que não é um matador, mas é um número baixo para a sua posição.

Na falta de um Kaká em forma e de Ronaldinho Gaúcho, espera-se que ele faça a diferença. Para isso, vai ter que ser mais objetivo e repetir o único bom momento de verdade na seleção: a Copa América de 2007.

Tatiana Furtado
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