sexta-feira, 11 de junho de 2010

E a bola rolou no Soccer City




Finalmente a polêmica Jabulani rolou na África do Sul. E realmente se mostrou uma bola difícil de ser domada. Só não chamou mais atenção do que as vuvuzelas. Até os 10 primeiros minutos de jogo fica difícil se concentrar em alguma coisa com aquela barulheira. Depois os ouvidos se acostumam com o zumbido do que parecem ser milhões de abelhas atacando ao mesmo tempo.


Mas vamos ao jogo. Na abertura da Copa entre o país sede e o México, os mexicanos mostraram muito mais intimidade com a Jabulani e tiveram o domínio da partida. O time de Javier Aguirre toca a bola com qualidade, sabe rodar o jogo e tem uma dupla talentosa na frente com Vela e Giovani dos Santos, campeões mundiais sub-17 em 2005. Teve chances de gol e um deles bem anulado (os jogadores reclamaram muito ao fim do primeiro tempo, mas será que eles não conhecem a regra e não sabem que precisam ter dois jogadores atrás da linha da bola), só que exagerou ao tentar embelezar demais o último passe. Mas a defesa é fraca demais, o goleiro é bisonho, numa tentativa de ser um novo Jorge Campos. A objetividade só veio quando o treinador usou as três substituições e Rafa Marques, que passou da zagueiro a meia, ficou livre para marcar após falha da defesa sul-africana.


Por outro lado, a equipe de Parreira joga como uma equipe do Parreira. Fechada, marcação forte na saída de bola do adversário, objetiva e explora o contra-ataque com muita velocidade e força física dos jogadores, principalmente pelas pontas. E foi assim que abriu o placar com Tshabalala, numa rápida troca de bola que deixou o jogador na cara de Perez para chutar cruzado. Bonito gol, o primeiro da Copa. Ainda assim, falta talento ao time e a defesa chega a ser infantil em algum momentos na marcação na área. O resultado, que poderia ter sido a vitória se a bola não ficasse na trave, veio mais na vontade, na determinação do que pela qualidade técnica. E isso é a cara do técnico, quando ele não tem tantos talentos em mãos.





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Observações


1- Por que não colocam mais as legendas dos hinos? E em que língua os sul-africanos cantaram seu hino?


2 - A camisa do México é bonita, bem desenhada. Só não entendo essa moda de camisa de futebol no estilo "mamãe tô forte".


Tatiana Furtado

2 comentários:

Rodrigo Stafford disse...

Perfeita a análise. Também senti da falta das letras do hino. Mas as camisas mamãe sou forte são assim para evitar que os jogadores sejam agarrados. Além disto, elas tem um poder de absorção mais forte.

11 de junho de 2010 às 15:51
Tati disse...

Não interessa, são horríveis. Tinha um mexicano que parecia vestir uma cinta de tão apertada que estava e todos ficam com aquele peitinho ridículo

11 de junho de 2010 às 17:41

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