Espanha campeã do mundo


Nada de amarelo. "La Roja" é campeã do mundo! A Espanha venceu a Holanda por 1 a 0. O título ficou em boas mãos e consagra uma geração de craques como Casillas, Xavi, Iniesta, Sergio Ramos e Villa.

Muitos falaram que a Espanha foi campeã por méritos. O futebol não é uma meritocracia e constantemente o melhor não ganha. Aliás, é até difícil o melhor ganhar, vide exemplos como Hungria 54, Holanda 74 e Brasil 82 só para citar alguns. Na Copa da África do Sul foi assim. A melhor equipe disparada foi a Alemanha, mas sem Müller, na semifinal, os alemães se perderam e não jogaram nada contra os espanhóis.


O jogo começou como uma verdadeira batalha campal. Os dois times distribuíram pancadas e o árbitro inglês Howard Webb conversava, mas não coibia a violência, mais acentuada no time holandês. O futebol ficou em segundo plano e chances mesmo, uma para Sergio Ramos no início do jogo e um bom chute de Robben no final.

No segundo tempo, os times resolveram jogar e a partida melhorou. Sneijder, que estava completamente apagado, resolveu aparecer e deixou Robben na cara do gol, mas Casillas fez uma defesa brilhante com a ponta da chuteira.

Logo depois, Villa teve boa chance mas a zaga tirou. Não satisfeito em perder um gol, Robben tomou a bola de Puyol e perdeu outro, em ótima saída do goleiro espanhol. A Espanha melhorou com a entrada de Navas no lugar de Pedro, mas a impressão é que o gol não sairia jamais, para nenhum dos lados.

Fim dos noventa minutos, veio a prorrogação e os times melhoraram. Fabregas e Navas deram bons chutes assustando Stekelenburg. A Holanda quase marcou quando Casillas saiu mal do gol, mas Mathijsen cabeceou ára fora.

O holandês Heitinga foi expulso e a Espanha foi toda para cima. Fabregas tentava organizar o jogo e conseguiu. Aos 10m, ele achou Iniesta pela direita e o meia chutou sem chances para o goleiro.

Era o gol do título espanhol, o gol que tirava o peso de 80 anos de Copas do Mundo sem um título sequer e que colocava a Espanha onde já merecia a algum tempo (a Holanda merecia também) estar no hall dos vencedores de Mundiais.

Mais do que fazer a festa na Espanha, o gol de Iniesta provou que polvos entendem mais de futebol do que a maioria dos seres humanos. Parabéns Paul!


Rodrigo Stafford
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Mesmo com desfalques, Alemanha garante o 3º lugar da Copa


Alemanha e Uruguai fizeram um jogo disputado que terminou com a vitória alemã por 3x2. Sem poder contar com Klose, Lahm e Podolski, que pegaram uma forte gripe nesta semana, o técnico Joachim Löw, também vítima da gripe, escalou um time com 3 laterais esquerdos: Boateng jogou na direita, no lugar de Lahm; o reserva Jansen foi escalado como meia esquerda, substituindo Podolski; e Aogo jogou em sua posição de origem.


No primeiro tempo, a seleção alemã tomou a iniciativa do jogo e levou mais perigo ao gol adversário. Depois de acertar a trave com o zagueiro Friedrich, a Alemanha abriu o placar aos 19 minutos. Schweinsteiger arriscou de longe, Muslera rebateu pra frente da área e Müeller fez o seu 5º gol na Copa.

Aos 28, Schweinsteiger errou, perdeu a bola e proporcionou um contra-ataque fulminante. Suárez recebeu de Pérez e deixou Cavani de frente para o gol. Ele só teve o trabalho de chutar na saída do goleiro Butt e empatar a partida.

O Uruguai voltou melhor no 2º tempo e logo virou o jogo. Arévalo Rios roubou bola, fez boa jogada com Suárez na ponta direita e cruzou para Forlán fazer um belo gol de voleio na entrada da área. Foi o 5º gol dele, um dos artilheiros da Copa, ao lado de Müeller, Villa e Sneijder.

No entanto, o goleiro Muslera, que fazia ótima Copa do Mundo, falhou mais uma vez na partida 6 minutos depois. Após cruzamento de Boateng, ele “caçou borboleta” na área e a bola sobrou para Jansen cabecear para o gol vazio: 2 a 2.

O jogo tornou-se morno até os 37 minutos, quando saiu o terceiro gol alemão. Após bate-rebate na área, a bola sobrou pro volante Khedira, que desviou do goleiro Muslera de cabeça e colocou a Alemanha na frente.

A partir de então, a Alemanha passou a jogar nos contra-ataques e desperdiçou boas chances. O Uruguai continuou insistindo e quase conseguiu empatar o jogo no último lance. Forlán cobrou bem falta na entrada da área, mas a bola explodiu no travessão.

Renato Stafford

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O lindo futebol espanhol chega a decisão


E o mundo terá uma final inédita na Copa do Mundo. As eternas "quase" Holanda e Espanha se enfrentam no domingo e uma das duas será pela primeira vez campeã do Mundo.

Na semifinal entre Alemanha e Espanha, apenas uma seleção entrou em campo. Os espanhóis, desde o primeiro minuto tomaram a bola para si e alugaram o campo alemão. O time de Joachim Low, para mim e para muitos, o que melhor se apresentou na Copa, não conseguia jogar e observava o lindo toque de bola do time da terra da Paella.


Em nenhum momento, a Alemanha foi superior. Iniesta era o maestro da equipe e da esquerda comandava a Fúria. O placar poderia até ter sido maior, já que a Espanha perdeu vá
rias chances, principalmente no segundo tempo.


O gol não saiu em uma das belas trocas de bola da Espanha. Foi uma jogada de bola parada. E coube ao zagueiro Puyol colocar seu nome na história da Fúria ao acertar uma cabeçada sem defesa no segundo tempo.

Agora teremos Holanda, Espanha e uma nova e merecida campeã. Prognóstico? Difícil. Se a Holanda não encanta, é pragmática, corre poucos riscos e tem quem decida. A Espanha mostrou porque é a atual campeã da Europa e não deixou a encantadora Alemanha jogar. Também tem um arsenal de craques loucos para decidir como Iniesta, Villa, Xavi e Torres.


E não é que o polvo cravou todos os jogos da Alemanha na Copa. Sabe mais de futebol que muito duende.

Rodrigo Stafford
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Holanda na final


Uruguai e Holanda lutavam para quem iria pela terceira vez chegar a uma decisão de Copa do Mundo. Enquanto os uruguaios chegaram duas vezes em venceram (1930 e 1950), os holandeses perderam (1974 e 1978). Vendo as escalações, os holandeses eram bem superiores e mostraram isso e venceram o jogo por 3 a 2, com sufoco no fim.

No primeiro tempo, os dois times fizeram o que as 32 seleções da Copa deveriam ter feito: usaram e abusaram da Jabulani. A horrorosa bola da Copa, ajudou a Giovanni Van Bronckhost a acertar um chutaço no ângulo de Muslera e abrir o placar para a Holanda. Mas a bola é justa. Um pouco depois, quem acertou um belo chute foi Forlán, e a pelota foi como uma bola mágica do Gugu, fazendo uma curva atrás de outra, não dando chances e empatando o jogo para o Uruguai.

Os times voltaram e os dois grandes craques começaram a se destacar: Robben e Forlán. Os dois criavam as chances de gols de suas equipes, mas o holandês tem uma coisa que o uruguaio não tem: outros craques em sua equipe. Aí, que Van der Vaart começou a aparecer bem e, principalmente, um carequinha muito conhecido pelos brasileiros. Wesley Sneijder.

O craque do Internazionale de Milão estava sumido, mas bastou um momento para que sua estrela brilhasse. A bola sobrou para Sneijder, ele chutou, Van Persie impedido atrapalhou o goleiro Muslera, mas o trio de arbitragem errou e validou o gol. Não dá para esperar nada das arbitragens neste Mundial mesmo.

Robben ainda faz o terceiro de cabeça para sepultar de vez as chances uruguaias. Maxi Pereira ainda fez um belo gol no finalzinho e pouco adiantou a pressão do Uruguai no fim da partida.

A Holanda vai para sua terceira final, tentando acabar com o estigma de jogar bonito e perder (até porque não jogou bonito em nenhum momento). Aos guerreiros uruguaios a Copa da África do Sul os colocou de volta ao lugar em que nunca deveriam ter saído. Entre os gigantes do futebol do planeta.

Mas e a Copa dos Sul-Americanos, hein?
Rodrigo Stafford
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A Fúria chegou


Chorada. Muito chorada. Só isso pra definir a classificação da Espanha às semifinais da Copa. Um golzinho achado quando tudo indicava prorrogação, depois de dois pênaltis perdidos/defendidos. Mais uma vez um Villa sendo o nome da Fúria com o seu poder de decisão. Artilheiro do Mundial com 5 gols, deixou Torres no bolso outra vez. Estava lá na hora certa: Iniesta limpou lindamente, tocou pra Pedro colocar perfeitamente na trave. Na sobra, ele lá estava pra chutar primeiro na trave direita, a bola ainda bater na esquerda e finalmente entrar.

Merecida vaga entre as quatro melhores do mundo. Guerreiro o Paraguai foi e até podia ter eliminado os espanhóis. A Fúria, no entanto, mostrou mais qualidade técnica e jogadores decisivos. E futebol, é claro. Isso faz qualquer um ser merecedor da vitória.


Quanto ao jogo, só começou pra mim aos 12 minutos do segundo tempo. Poucos lances conseguiram me acordar antes disso. Mas aí veio pênalti infantil de Piqué, que Cardozo cobrou mal, muito mal. Casillas fez a sua parte e caiu do lado certo. Alívio espanhol. Menos de um minuto depois, tudo se inverte: Alcaraz empurra Villa. Xabi Alonso se prepara pra bater e bate bem. Mas não vale. O juiz guatemalteco queria mais emoção ainda e manda voltar. Xabi vai lá de novo e bate fraco, fácil pra Villar. Alívio de Cardozo.


Alívio momentâneo até Villa marcar, o Paraguai se jogar ao ataque, Santa Cruz perder gol na frente de Casillas (salvou com o pé), a Espanha perder outros em contra-ataques e o ábritro apitar o fim da partida.
Villa e Casillas merecidamente aplaudidos. Cardozo inconsolável do outro lado. Bonita a cena dos espanhóis indo abraçar o atacante paraguaio. Mas pela expressão dele de nada adianta nesse momento. Ele sabe que dos seus pés poderia ter saído a histórica classificação do Paraguai.

Agora vem a Alemanha e vamos ver até onde a Fúria pode chegar. Pra mim já chegou longe.

Tatiana Furtado
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Campeão antecipado? Deveria...


Se hoje os alemães estão jogando o melhor futebol da Copa e deram uma surra na Argentina, eles têm de agradecer a um ganês: Kevin Boateng. Na verdade, Boateng deve ser o mais alemão de todos. De nascimento ele é, mas de pai ganês, preferiu a outra nação. Mostrou isso quando deu uma entrada violentíssima em Ballack na final da Copa da Inglaterra e o tirou do Mundial (não sou a favor da violência, fique claro).

Graças a ele, Ballack deixou o meio-campo alemão livre para a entrada de Khedira e Özil. Com eles e mais Müller vemos um time veloz, com belo toque de bola, visão de jogo, sem esquecer da forte marcação. Ainda conta com o excelente Schweinsteiger, que tem feito uma Copa primorosa. Hoje, deu show contra a Argentina.


Se Ballack estivesse na Copa, seria o capitão com status de craque. Não o considero craque, só um bom jogador. Mas como dono do time, estaria lá contra a Argentina segurando o jogo após fazer 1 a 0. Tocando bola pro lado e saindo com lentidão, achando suficiente o resultado e pedindo calma pros garotos.


Como não estava lá, os garotos ao lado de Podolski e Klose assustaram os argentinos logo de cara. Pra variar, falha na marcação pelo lado direito. Otamendi ou Jonas, não importa quem seja, o adversário agradece. A garra dos hermanos esteve presente. Foram todos pra cima dos alemães, que não se intimidaram, mantiveram a forte marcação e montaram uma muralha na entrada da área. Di Maria, Tevez, Higuaín e Messi não conseguiam o passe final.

Até acho que a Alemanha recuou demais. Podia ter matado logo a partida. Mas com paciência e friza germânicas, permitiu o ataque argentino e o domínio de posse de bola. A precisão não falhou quando, assim como contra a Inglaterra, teve o contra-ataque. Depois do segundo gol, já era. Argentinos desesperados e alemães donos da situação e sem pena do rival. Fez o terceiro e o tiro de misericórdia no fim.


Maradona não sairá pelado no Obeslico (graças a Deus). Messi esteve longe daquele melhor do mundo (uma pena). Argentinos mais quatro anos sem ganhar uma Copa (que cosa triste!)
.

Tatiana Furtado
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Dizem que ele é Loco


Depois da derrota do Brasil, a sensação é de que a sequência da Copa perde a graça (sim, eu torço pela seleção apesar de tudo). Mas eis que surge um jogaço com tudo de bom e ruim que se pode ter, emoção literalmente até o fim e me pego sendo Uruguai desde criancinha (não, eu não sou alvinegra nem tenho ligações afetivas com os uruguaios). Só sei que vibrei com o pênalti de Loco Abreu que garantiu os 4 a 2 nos pênaltis, após 1 a 1 no tempo normal e na prorrogação.

À parte o pênalti de Loco Abreu, com cavadinha e tudo - os rubro-negros se lembram muito bem daquele abril passado -, e a ótima atuação de Forlán, os nomes do jogo foram outros. Primeiro Gyan, o craque da seleção de Gana. Fez as principais jogadas do time, era o cara da seleção africana. E não fugiu da responsabilidade. Foi lá, pegou a bola aos 15 minutos do segundo tempo da prorrogação para bater o pênalti. Mandou a bola no travessão e a classificação de Gana pro espaço.

O outro foi o atacante Suárez. O uruguaio salvou a celeste duas vezes seguidas. No último lance da partida, tirou com o pé e depois cortou a bola com a mão, antes que ela entrasse. E decretasse o fim do sonho uruguaio. Justamente expulso, saiu desolado de campo, aos prantos. O sorriso voltou quando viu Gyan perder a cobrança. Atitude antidesportiva? Pode ser. Mas adoraria alguém da nossa seleção mostrar tamanha coragem e raça por seu país. Merece uma estátua em Montevidéu.

Ah, o jogo em si também foi bom no tempo normal. Cada equipe dominou um período da partida, tiveram inúmeras chances de gols, os goleiros apareceram para o bem e para o mal. Muntari abriu o placar no fim do primeiro tempo num chutaço. Forlán igualou no segundo. Ambas as seleções só queriam saber do gol. Os uruguaios cansaram na prorrogação, mas foram bravos e impediram (com a mão salvadora de Suárez) o gol fatal.

Gana está de parabéns pela campanha. Representou bem os africanos e Gyan sai da África do Sul com status de craque, mesmo na derrota sofrida. Uruguai, bicampeão mundial, voltou a ser grande e salvou o dia dos sul-americanos.

Tatiana Furtado

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A receita de uma eliminação


Qual a receita para ser eliminado de uma Copa do Mundo? Pegue um famoso roqueiro pé frio, adicione um volante burro e destemperado e não esqueça do toque de um treinador ruim, medroso e inexperiente. Assim, o Brasil perdeu da Holanda por 2 a 1 nas quartas de final do Mundial e está eliminado.

Vamos por partes. O roqueiro é a lenda Mick Jagger, do Rolling Stones, que tem o pé mais frio que um iceberg. O cara foi torcer para Inglaterra e Estados Unidos e os dois perderam. Quando resolveu apoiar nossa seleção, deu no que deu. O volante burro é lógico que é Felipe Melo. Não acho que ele tenha tido culpa no primeiro gol, mas a pisada dele em Robben foi coisa de quem tem problemas mentais. Resumindo, ele é o Dunga do Dunga. Não poderia dar certo. Quanto ao nosso treinador, talvez o maior erro dele tenha sido a convocação. Ele não trouxe opções para o banco de reservas, o que o levou a não ter como mexer na equipe durante o jogo. Não se convoca por amizade ou gratidão e sim por qualidade.

O primeiro tempo da seleção talvez tenha sido a melhor exibição na África do Sul. Com toques rápidos, o Brasil chamava a Holanda para seu campo, a fim de utilizar sua principal arma: o contra-ataque. Mas nem precisou. Um passe sensacional de Felipe Melo deixou Robinho na cara do gol e a vantagem era brasileira. O jogo continuou e a boa marcação do time brasileiro impedia que a Holanda criasse quelaquer coisa.

Veio o intervalo e os holandeses mudaram sua postura. Robben não ficava mais preso à ponta direita e flutuava. Sneijder chamou a responsabilidade do jogo para si. E, com sorte, deu certo. Sneijder cruzou, Júlio César saiu mal e a Jabulani morreu dentro do gol. Um pouco depois, Robben cruzou, Kuyt desviou de cabeça e o baixinho Sneijder virou a partida.



A virada desnorteou o Brasil e principalmente o seu camisa cinco. Em uma atitude difícil de adjetivar, Felipe Melo deu um pisão à la Dunga e foi corretamente expulso. Esta atitude, avisada por muitos por conta do destempero do jogador, eliminou o Brasil da Copa. Lúcio ainda tentou levar o time ao ataque, mas a Holanda era senhora do jogo e venceu.

A Holanda venceu com justiça? Sim. Se o primeiro tempo foi todo brasileiro, o segundo foi holandês e eles conseguiram virar o placar e segurar a partida. Mérito principalmente para Sneijder que fez uma senhora partida.

Se existe um lado bom em ser eliminado da Copa do Mundo é que Dunga, espero eu, nunca mais vai dirigir a seleção brasileira.

Rodrigo Stafford
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Atuações do Brasil


Julio César - É um goleiraço, o melhor do mundo, mas falhou ao sair mal do gol. Nota 3

Maicon - Tentou jogo o tempo todo e marcou bem. Nota 7

Juan - Mais uma boa partida. Os dois gols de cabeça não podem entrar na conta dos zagueiros brasileiros. Nota 7

Lúcio - Outro que não pode ser responsabilizado. Ainda tentou armar a equipe, mas não teve sucesso. Nota 7,5

Michel Bastos - Mais uma partida medíocre. Marcou bem do lado esquerdo. Nota 5,5. Entrou Gilberto para que o titular não fosse expulso. Nota 5

Gilberto Silva - Fez boa partida na frente da zaga. Só se enrola quando precisa fazer passes mais elaborados. Nota 7

Felipe Melo - Fez um passe sensacional para o gol de Robinho. Colocou tudo a perder com uma expulsão beócia. Nota 0

Daniel Alves - Não foi o meio-campo que todos esperávamos que podia ser. Não foi mal, mas fez sentirmos falta do Elano. Nota 6

Kaká - Não esteve inspirado, mas mesmo assim, quase marcou dois golaços. Joga mais do que mostrou na Copa. Nota 6

Robinho - Fez bom primeiro tempo, mas caiu de rendimento no segundo, onde só apareceu gritando com os holandeses. Nota 6

Luís Fabiano - Se movimentou bem para abrir espaços no primeiro tempo, mas espera demais a bola e pouco procura o jogo. Nota 4.

Nilmar - Quase não tocou na bola
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Reveleções, surpresas, decepções da Copa


Mais um dia sem jogo que só serve para fazer balanços da Copa do Mundo até o momento. Ainda bem que amanhã a Jabulani volta a campo com as quartas de final.

Enquanto isso...

Revelações: sem dúvida o meio-campo jovem, criativo e veloz da Alemanha com Müller e Özil. Os dois foram bem em todas as partidas da Alemanha. Até mesmo na derrota, injusta, para a Sérvia. Özil já pode ser considerado craque sem medo.


Supresas: Não é exatamente uma surpresa, mas poucos contavam com a artilharia de Villa até a Copa começar. Não que fosse desprezado, afinal o Barcelona o comprou por 40 milhões de euros, só que alguns estavam a sua frente. Como o próprio companheiro da seleção espanhola Fernando Torres.

Decepções: Quem ficou realmente devendo foi Rooney e Cristiano Ronaldo. O inglês não fez absolutamente nada, nadica. Se, no futuro, alguém esquecer de citá-lo quando falar da Copa de 2010 não será surpresa. Já o português não conseguiu se destacar num time de pouca qualidade como o de Portugal. Mesmo assim, não precisava fazer tantas caras e bocas pra TV.


Tatiana Furtado
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As quartas de final


Chegamos as quartas de final da Copa do Mundo da África do Sul. Apesar de alguma surpresa entre os oito melhores, não há nenhum bobo. Alemanha, Argentina, Brasil, Espanha, Gana, Holanda, Paraguai e Uruguai estão na disputa, em que pela primeira vez na história, os sul-americanos são a maioria. Vamos aos embates:

Brasil x Holanda
Pela quarta vez as duas seleções se enfrentam em Mundiais. Com duas vitórias do Brasil (1994 e 1998) e uma da Holanda (1974). As duas equipes ainda têm mais futebol do que apresentaram até agora. Confronto equilibrado, mas acredito que o peso da camisa amarela pode fazer a diferença para os brasileiros, apesar dos técnicos jogadores holandeses. Acredito que dê Brasil, mas com muito sofrimento. Talvez até disputa por pênaltis.



Uruguai x Gana

Antes do início da Copa, pouco se apostava nestes dois times. Os uruguaios têm tradição, mas que não se confirma há mais de meio século. Com um futebol equilibrado chegou às quartas sem sustos. Gana fez uma primeira fase razoável e conseguiu eliminar os Estados Unidos. É o melhor time da África, mas creio que isso não será suficiente para vencer Lugano e cia. Dá Uruguai. Já Tatiana tem o pressentimento que dará Gana. Intuição feminina pura e não menosprezem isso. Vamos aguardar.




Argentina x Alemanha
O confronto das equipes que mostraram o melhor futebol do Mundial até aqui. Os argentinos têm um ataque poderosíssimo com craques como Messi, Higuaín, Tevez, Aguero e Milito. Mas, a defesa é bem fraca e erra se apertada. A Alemanha apresentou ao mundo jovens craques como Muller e Ozil, que junto com o faro de gol de Klose e a forte marcação característica têm encantado o mundo. Confronto fortíssimo, onde qualquer um pode vencer. Acredito em pênaltis.



Espanha x Paraguai
O jogo com mais discrepância técnica nas quartas de final. Os espanhóis são muito superiores técnicamente e tem um dos melhores elencos do mundo com Xavi, Iniesta, Villa, Torres e Fabregas. O Paraguai, mais uma vez, tem uma defesa fortíssima (só tomou um gol na Copa) e bons atacantes, mas carece de alguém para armar a equipe. Dá Espanha na semifinal. Tatiana também acredita nos espanhóis, mas sem tanta ênfase.



Rodrigo Stafford e Tatiana Furtado
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A estreia da Fúria na Copa


Portugal só levou um golzinho durante toda a Copa do Mundo e ainda assim em impedimento. Mas sua eliminação foi muito justa. A Espanha foi melhor durante toda a partida e seu arsenal de craques faz a bola rolar até encontrar uma maneira de fazer gol. Villa vive uma fase magnífica.

Os portugueses estavam escalados de uma maneira diferente da partida contra o Brasil. Sem a retranca, Carlos Queiroz colocou Simão e Hugo Almeida para auxiliar Cristiano Ronaldo. Mas pouco adiantou e o meio português quase não criava e as jogadas só saíam por muita insistência do lateral-esquerdo Fabio Coentrão. Chance para Portugal só uma lambança de Casillas, que ele mesmo resolveu.


A Espanha ficava com a bola e fazia o jogo rodar em busca de oportunidades, quando elas não surgiam, os chutes de fora da área eram uma arma importante, mas esbarravam na boa atuação do goleiro Eduardo.


No segundo tempo, os espanhóis aumentaram a intensidade e o volume de jogo. Os portugueses ficaram presos no seu próprio campo e não conseguiam sair. Até que Villa, marcou após lindo passe de calcanhar de Xavi. Villa estava impedido, mas o lance era muito dificil para o trio de arbitragem.


Cristiano Ronaldo e seus compnaheiros foram tão dominados, que nem a tradicional pressão de bolas na área no fim do jogo existiu. Para não passar em branco, o árbitro Ricardo Costa errou feio ao expulsar Ricardo Costa no fim do jogo.


Classificação mais que merecida da Espanha, que começa a crescer e assustar na Copa do Mundo.


Rodrigo Stafford
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Pênaltis para decidir jogo ruim


Se no tedioso jogo entre Paraguai e Japão era difícil fazer um prognóstico de quem iria se classificar, todavia era fácil prever que nenhuma das duas seleções passaria por Portugal ou Espanha.

Com a ausência de armadores o jogo foi um festival de chuveirinhos. Pelo menos, neste ponto dá para elogiar alguém. Os defensores atuaram muito bem e chances de gols foram raríssimas, tanto que só me recordo de um chute torto de Roque Santa Cruz, ainda no primeiro tempo.

Os japoneses tinham um mérito. Sabem de suas limitações e jogam no seu limite o tempo todo. A intensidade do jogo niponico contrasta com a ausência de uma técnica maior de seus jogadores. já, o Paraguai apesar de ter bons atacantes e defensores, tem no seu meio-campo um cemitério de criatividade.

A confrmação do 0 a 0 era apenas uma questão de tempo. E com o fim dos 90 minutos, os times fora para mais 30 minutos de prorrogação. Um suplício para jogadores, treinadores e espectadores. Acredito até que o momento mais emocionante da partida foi a roda e o grito de guerra dos samurais japoneses.

Como não dava para ser pior, a prorrogação foi mais animada. Com os dois times perdendo chances de gol, mas ainda insistindo no pouco glorioso jogo aéreo. E até que enfim, disputa de pênaltis.

O japonês Komano bateu no travessão e a vaga acabou no colo paraguaio.

Rodrigo Stafford
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O freguês de sempre


O jornal chileno "El Mercurio" estampa em um dos títulos sobre a derrota do Chile: Quando nós sonhamos o Brasil sempre nos desperta. Foi exatamente o que a seleção brasileira fez no Ellis Park. Acabou com o sonho dos chilenos que lotaram o Palacio La Moneda e o Paseo Ahumada, em Santiago. Apesar de todo o retrospecto desfavorável, eles acreditavam que desta vez poderia ser diferente.

Em campo, o Chile mostrou o que tem de mais falho: a falta de poder de finalização. O Brasil de Dunga, o que tem de melhor. Primeiro com a defesa estupenda com Lucio e Juan, que foram dignos de melhores do mundo. Segundo, com o contra-ataque, que quando encaixou foi mortal.

O Brasil começou o jogo em ritmo lento. Procurava encaixar seus contra-ataques e deixou o Chile atacar. Juan e Lucio ganhavam tudo na defesa e Maicon ficou mais preso a marcação. Os chilenos atacavam, mas sem ênfase nada arrumavam. Aí Kaká começou a organizar o jogo.

Mas o primeiro gol, surgiu de uma cobrança de escanteio, que Juan subiu mais alto e marcou. Merecido para este craque da defesa, que muitas vezes é ofuscado por Lucio, que não é melhor, é "apenas" tão bom quanto.

Mas contra a Holanda na sexta-feira, a facilidade não será tanta. O problema não será nem a defesa nem o ataque. Mas o meio-campo. Ramires está fora e Felipe Melo ainda não se recuperou. Vai sobrar pra Josué fazer o papel de segundo homem. Além disso, Daniel Alves não tem correspondido como titular. Novamente, toda a criatividade do Brasil estará nas costas de Kaká.

Não sei se em Amsterdam eles estão acreditando que podem. Mas é bom confiarmos na freguesia da Holanda dos últimos tempos.Mas o Brasil não deixou que fosse. Desfilou em campo toda a superioridade do pentacampeão mundial. Ar de certa prepotência que se via nos rostos brasileiros que viram a partida no Chile. Ninguém, mas ninguém mesmo esperava perder para os chilenos. No máximo, torciam por um golzinho do adversário.

Tatiana Furtado, direto de Santiago

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Finalmente uma Holanda competitiva

Em mais um jogo chato na Copa do Mundo, a Holanda venceu, sem maiores problemas, a Eslováquia por 2 a 1 e está nas quartas de final. Mais uma vez, os holandeses não brilharam como se esperava e jogaram apenas o suficiente.

Mas, na Copa toda, a Holanda não brilhou. Preferiu deixar de lado o futebol-arte em prol de competitividade. Tem dado certo e assusta porque se são comprovadamente talentosos, os holandeses estão aprendendo a jogar para ganhar, o que faltou em muitos Mundiais.

Hoje, eles tiveram o jogo inteiro sob controle. Robben jogou bem, assim como Sneijder. Van Persie não brilhou, mas continua sendo um ótimo atacante.

Se, Brasil ou Chile, não ficarem de olhos bem abertos, a Holanda pode sim passar às semifinais da Copa do Mundo.

Rodrigo Stafford

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Adios, Mexico!

É verdade que o bandeirinha deixou de marcar um impedimento ridículo de Tevez no primeiro gol. Também procede que o zagueiro cometeu um erro tenebroso no segundo gol. E é verdadeira a informação que Lionel Messi não jogou nada. Ainda assim, a Argentina jogou bem venceu o México por 3 a 1 e assustou. Para assustar ainda mais, agora as duas melhores seleções da Copa do Mundo se enfrentam nas quartas de final: Alemanha x Argentina.

Os mexicanos começaram muito melhor e chegaram muito perto do gol em um chute no travessão de Romero e um de Guardado que ninguém sabe como não entrou. Mas a Argentina foi na frente e decidiu. Com a ajuda preciosa do bandeirinha que não marcou o impedimento escandaloso de Tevez.

Higuaín, aproveitando um erro bisonho de Osorio, mostrou categoria e fez o segundo. Os mexicanos se perderam em campo e a Argentina administrou até o fim do primeiro tempo.

Na volta para o intervalo o México veio para cima, mas Carlito Tevez mandou os mexicanos para a lona. Ele se enrolou com dois zagueiros e acertou um chute indefensável. Golaço! Messi, muito marcado, não tocava a bola e nada fazia. Os mexicanos ainda diminuíram com Hernandez e ensaiou uma pressão.

Mas a Copa do Mundo está garantida. Mesmo que não em uma final, os dois melhores times vão se encontrar. Argentina e Alemanha vão fazer uma final de Copa do Mundo. Aguardem!


Rodrigo Stafford

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Vingança doce


Que jogaço fizeram Alemanha e Inglaterra. Cheio de alternativas, falha do juiz, categoria, surpresa e decepção. Ao fim, o placar de 4 a 1 para Alemanha foi justo dentro de campo, mas vale ressaltar que os ingleses foram prejudicados, e muito, pela arbitragem.

A Inglaterrra começou o jogo fazendo a mesma coisa que fez durante toda a Copa do Mundo. Ou seja, nada! Tocava de um lado para o outro sem movimentação e criatividade. Exatamente o inverso dos alemães, que com objetividade, rapidez e inteligência dominavam o jogo com show de Müller, Özil (talvez o melhor da Copa até aqui) e Podolski.

Quando o jogo estava 2 a 1, os ingleses foram seriamente prejudicados pela arbitragem. Em 66, o chute de Hurst na final do Mundial tocou na linha e saiu. O juiz deu gol e a Inglaterra foi campeã. Desta vez, o chute de Lampard bateu no travessão e entrou, mas entrou muito, só que o árbitro mandou o jogo seguir.

No segundo tempo, mesmo desordenada, a Inglaterra foi para cima. Sua frágil defesa ficou muito exposta e os alemães brincaram de jogar futebol. A vitória de 4 a 1 foi justa e quem viu a Alemanha jogar ficou com medo. Eu fiquei.

Rodrigo Stafford
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África for USA

A África continua viva na Copa do Mundo. Em um resultado levemente surpreendente, Gana venceu os Estados Unidos por 2 a 1 e, agora, em um chaveamento improvável encara o Uruguai pelas quartas de final.

Com Bill Clinton, Mick Jagger e Kobe Bryant na torcida, os americanos levaram um gol logo aos 5m, com Boateng. Gana dominava o jogo, e desnorteado, os Estados Unidos não sabiam o que fazer.

O técnico Bob Bradley trocou Clark por Edu e o time se acertou em campo. O técnico acertou de novo ao clocar Feillhaber. O jogador entrou no intervalo e os americanos dominaram o jogo. Donovan, de pênalti, empatou aos 22m.

Os Estados Unidos pararam na defesa de Gana, em especial, do goleiro Kingson, que fez grandes defesas até o fim do tempo regulamentar. Gyan, logo aos 3 minutos, fuzilou Howard e nem a pressão americana no fim da partida conseguiu tirar os ganeses de uma heróica quartas de final.

Rodrigo Stafford






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O Uruguai voltou!



A Celeste voltou! Sim, os Uruguai está nas quartas de final e com boas possibilidades de chegar mais longe. O time de azul venceu a Coreia do Sul por 2 a 1.

Logo no início, Suárez tratou de colocar os sul-americanos na frente em uma falha do goleiro asiático. O jogo era tranquilo para o Uruguai, que cadenciava bem.

Na volta para o intervalo, a Coreia do Sul foi para cima e pressionou os uruguaios até conseguir marcar seu gol, aos 23 minutos com Lee Chung Yong. Finalmente, a defesa Celeste foi batida! A partir daí, o Uruguai voltou ao jogo e Suárez fez o gol da classificação sul-americana e agora enfrenta Gana, que bateu os Estados Unidos.

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Por dentro da primeira fase


Muitas zebras classificadas para as oitavas de final da Copa do Mundo. No grupo A, o Uruguai sobrou na turma e se classificou sem sustos, ao lado do México. A decepção ficou por conta da África do Sul, a primeira dona da casa a não passar de fase, e a vice-campeã França, que foi simplesmente patética.

No grupo B, as zebras africanas ficaram de fora. A Argentina sobrou na turma e jogou muito mais futebol que até mesmo os hermanos esperavam. A segunda vaga ficou aberta e acabou dando Coreia do Sul, mas Nigéria e Grécia lutaram até o fim.

Seguindo, a Inglaterra decepcionou. Jogou mal seus três jogos, mas conseguiu se classificar em segundo. Os Estados Unidos, apesar do primeiro lugar do grupo C, tiveram apenas momentos de bom futebol, mas podem crescer.

A Alemanha surpreendeu e apesar da derrota para a Sérvia, apresentou bom futebol. Gana mostou ser o melhor dos africanos e se classificou. Decepção para a Sérvia, que só jogou bem contra os alemães, mas de resto não mereceu passar de fase.

A zebra passeou pelo grupo E. A Holanda fez seu papel, ganhou seus três jogos e se classificou em primeiro. Esperava-se que Dinamarca e Camarões lutassem pela segunda vaga, mas o Japão atropelou e está nas oitavas com duas vitórias convincentes.

A Itália, valendo-se do poder de sua camisa, achou que poderia ganhar de qualquer um a qualquer momento. Enganou-se. Depois de empatar com Paraguai e Nova Zelândia perdeu da correta Eslováquia pelo Grupo F. Os paraguaios foram muito bem e sobraram. Menção honrosa à evolução da Nova Zelândia, que de baba da Copa, arrancou três empates e por pouco não se classifica.

No grupo do Brasil, nenhuma surpresa. A seleção da Costa do Marfim deixou um pouco a desejar e ficou de fora. Destaque para a goleada de Portugal sobre a Coreia do Norte por 7 a 0.

No grupo H, a Espanha patinou, perdeu para a Suiça e se classificou. O Chile apresentou um futebol muito além do esperado e também mereceu a classificação. Apesar de derrotarem os espanhóis, os suiços não souberam decidir contra Honduras e ficou de fora.


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O personagem da primeira fase, sem dúvida, foi Diego Armando Maradona. Com seus trejeitos e elegância na beira do campo, o técnico da Argentina provocou o amor dos sul-africanos e a inveja dos adversários. Não tem jeito. Provocando amor e ódio, Maradona é sempre Maradona.
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Seleção Futeblogeando


Seleção do Futeblogeando na Copa do Mundo

Primeira Fase:

Benaglio (Suiça); Maicon (Brasil), Lugano (Uruguai), Lucio (Brasil) e Coentrão (Portugal); Verón (Argentina), Ozil (Alemanha) e Messi (Argentina); Higuaín(Argentina), Honda (Japão)e Villa (Espanha)

Destaque também para Tanaka (Japão), Muslera (Uruguai), Tiago (Portugal), Vittel (Eslováquia), Iniesta (Espanha), Podolski (Alemanha) e Donovan (Estados Unidos)
Oitavas de final
Uruguai x Coreia do Sul
EUA x Gana
Brasil x Chile
Espanha x Portugal
Alemanha x Inglaterra
Paraguai x Japão
Holanda x Eslováquia
Argentina x México
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Nem brilhante, nem furiosa


Mesmo sem mostrar sua fúria, a Espanha venceu o Chile por 2 a 1 e se classificou para as oitavas de final da Copa do Mundo.
O Chile começou melhor e até a Espanha marcar, em uma grande bobagem do goleiro Bravo, era melhor na partida. O gol acordou os espanhóis, que logo marcaram o segundo e ainda contaram com uma mãozinha do juíz, que expulsou erroneamente a Estrada.
No segundo tempo, com o resultado da Suiça, os dois times fizeram um jogo camarada e os times quase não atacaram. Com o resultado, a Espanha encara Portugal na próxima fase, enquanto o Chile pega o Brasil. Promessa de bons jogos.
Rodrigo Stafford
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Vexame suiço



E mais uma zebra na Copa do Mundo. Depois de vencer a Espanha e, com um jogador a menos, fazer jogo duro com o Chile, a Suiça conseguiu o mais difícil e empatou em 0 a 0 com a patética seleção de Honduras, que por pouco não conseguiu vencer.

O resultado eliminou a Suiça e Honduras. Os dois times perderam muitos gols e, mais uma vez, destaque para o goleiro Benaglio, talvez o melhor da Copa até o momento. Honduras continua muito longe do que se diz futebol e deve continuar indo às Copas do Mundo de 20 em 20 anos.

Os suiços devem fazer uma reformulação, dando chance aos jovens, que recentemente conquistaram o Mundial sub-17.

Rodrigo Stafford

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A sorte do Brasil


O Brasil deu sorte por vários motivos. A seleção não jogou nada, Dunga demorou a mexer, quando o fez, errou e o árbitro ajudou, e muito, ao não expulsar Juan no primeiro tempo e por ter Júlio César no gol. Mas vamos por partes.

A seleção jogou mal sim. Júlio Baptista não se achou em campo, Nilmar e Luís Fabiano ficaram isolados, Michel bastos errou tudo o que tentou. Mérito (ou demérito) do técnico português Carlos Queiroz, que armou um 4-5-1, somente com Cristiano Ronaldo à frente e um ferrolho digno de Suíça na marcação. Não sei se mérito ou demérito, porque embora tenha conseguido impedir o Brasil de jogar, Portugal não jogou e ficou em segundo lugar do grupo.

Dunga errou tudo o que tentou. Ao invés de ficar como um maluco gritando para a seleção jogar pela direita (onde estava absurdamente congestionado), o treinador demorou horas para tirar Julio Baptista e ainda colocou Ramires, que além de ser volante, já tinha cartão amarelo e caso tomasse outro seria suspenso. Um risco desnecessário. Melhor seria se tivesse colocado Gilberto, Grafite (recuando Nilmar) ou Robinho. Hoje, Dunga foi refém do fato de ter convocado seus amigos e não ter uma opção para mudar o jogo seja Ganso, Gaúcho ou até Diego.

Quanto ao árbitro ele nos foi favorável sim. A infantilidade de Juan ao meter a mão na bola no primeiro tempo merecia a expulsão, já que Cristiano Ronaldo ficaria em boa situação. Ainda no fim do jogo a bola bateu na mão de Lucio. Não daria o pênalti, mas não seria nenhum absurdo se desse.

Não me canso de falar. Como agarra o Julio César. Seguro, firme e tranquilo foi pouco acionado, mas quando chamado sempre dá conta do recado. Uma bênção para o time canarinho.

Final de um jogo chato, Brasil e Portugal 0 a 0. Time de Dunga em primeiro, de Queiroz em segundo e agora é esperar para ver quem se classifica no grupo H.

Rodrigo Stafford
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Costa do Marfim se despede com vitória


Não vi o jogo entre Costa do Marfim e Coreia do Norte. Claro, estava vendo o emocionante 0 a 0 de Brasil e Portugal, que mostrou o quanto a seleção depende de Kaká e Robinho para termos quem possa desequilibrar a partida. Mas pela vinheta da Globo de gol na rodada (saudades do Brasileirão) fiquei sabendo que foi 3 a 0, gols de Yaya Touré, Romaric e Kalou.

Os marfinenses precisavam de um milagre. Uma goleada de 8 a 0 sobre a Coreia do Norte e esperar que o Brasil vencesse Portugal por 1 a 0. Ainda que goleassem - não tiveram competência pra tanto -, dificilmente entrariam por causa da dependência de os brasileiros fazerem um gol.

Despedida com vitória, mas sem classificação. Espera mais da seleção de Drogba. Muita força, mas pouco futebol.



Tatiana Furtado
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Laranjada de primeira


Sobrando no grupo E, a Holanda chegou a sua terceira vitória na Copa do Mundo, por 2 a 1, e se classificou sem sustos. Os Leões Indomáveis de outrora não passaram de gatinhos infensivos e Camarões saiu da Copa do Mundo na África amargando três derrotas.
Se o time laranja (que jogava de branco) não encantou o mundo como em outros Mundiais, mostrou um futebol rápido, ofensivo e eficiente. Talvez assim, tenha mais chances de conquistar seu primeiro título. Agora não deve ter problemas para elimiar a Eslováquia nas oitavas de final.
Arjen Robben dá um enorme toque de qualidade aos holandeses que podem ir bem longe. sua estreia no Mundial alivia os holandeses que ainda tem em seu scretch Sneijder, Van der Vaart e Van Persie.
Sobre Camarões o que falar? É um bando em campo sonhando que o craque Et0'0 pegue a bola drible todos e faça o gol. Não é uma equipe e está muito longe disso. Vive dos dias de glória de Roger Milla.
Rodrigo Stafford
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Honda wins


Zebra, zebra e zebra. Quase ninguém apostava no Japão, nem os japoneses. Ainda mais em um grupo com Holanda, Dinamarca e Camarões. Mas o time do técnico Takeshi Okada arrumou uma forma de jogar. Fechadinho atrás, veloz nos contra-ataques e mortal nas bolas paradas, os japoneses estão nas oitavas de final e pegam o Paraguai. O título é uma homenagem aos fãs de Street Fighter e ao destaque do jogo.

A bola parada foi o calcanhar de Áquiles da Dinamarca. Além de insistir nas jogadas aéreas que se mostraram infrutíferas, os goleiro Sorensen conseguiu tomar dois gols de falta. Um de Honda e um de Endo.

Aliás, o atacante Honda foi o grande destaque da partida e soube prender a bola, driblar na hora certa e até fazer uma jogada sensacional, que culminou no terceiro gol de Okazaki.
Classificação justa, mas a alegria só deve durar até as oitavas de final, quando o Paraguai é muito favorito.

Triste para a Copa a saída da Dinamarca, certamente as arquibancadas perderão na beleza de suas torcedoras.
Rodrigo Stafford
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Bonitinhos, mas ordinários


Passei boa parte da pré-Copa ouvindo como os italianos eram bonitos e sexy, mas nada disso adiantou quando a bola rolou. Com uma seleção envelhecida, com pouco talento ofensivo e com uma defesa, que se em 2006 foi o ponto forte, desta vez falhou demais, a atual campeã Itália caiu na primeira fase e não pode mais alcançar o pentacampeonato do Brasil.

A Azzurra começou a partida contra a Eslováquia da mesma forma blasé, que enfrentou Paraguai e Nova Zelândia. Desinteressada, achando que só a camisa marcaria o gol da classificação a qualquer momento, os italianos foram surpreendidos com o gol de Vittek, aos 25 minutos do primeiro tempo.

Mas, o revés não mudou o jeito de jogar italiano e os eslovacos continuaram dominando a partida. A Azzurra só deu sinais de melhora a partir da da entrada de Pirlo, que empurrou a equipe para frente. A partir daí, a Itália entrou em campo e pressionou o adversário.


Só que em um contra-ataque Vittek ampliou para a Eslováquia. Quando tudo parecia perdido, Di Natale diminuiu e deixou os italianos a um gol da classificação. A Itália pressionou, a Eslováquia se defendeu, tirou bola em cima da linha e até teve a sorte do bandeirinha anular um gol muito complicado (Quagliarella estava impedido por muito pouco). Quando esteve muito perto do gol de empate, os italianos tomaram uma marretada na cabeça. Kopunek tocou na saída de Marchetti e fez 3 a 1.

O golpe foi definitivo. Nem o gol de Quagliarella, já nos acréscimos impediu a eliminação. A final da Copa de 2006 entre Itália e França, ficou eliminada na primeira fase. Com a saída da Azzurra, a Copa perde em emoção, empolgação e talento. O futebol, mais uma vez, mostra que só ser bonito não adianta.

Rodrigo Stafford
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Parabéns para os dois


O Paraguai fez o papel dele. E fez bem feito. Só precisava de um empate para garantir a classificação às oitavas de final. Jogou para isso. E para Nova Zelândia só elogios. Em um país onde o futebol é amador, conseguiu chegar ao Mundial e arrancar três empates de seleções mais fortes.

Os sul-americanos foram senhores da partida. Administraram o jogo e em nenhum momento correram riscos de perder e serem eliminados da Copa do Mundo. O time do argentino Gerardo Marino é forte e vai brigar para ir mais longe que as oitavas de final.

A grande campanha da Nova Zelândia deve dar uma nova vida ao esporte no país. Os jogadores devem e merecem ser recebidos como heróis e a profissionalização do esporte pode ajudar e muito. Só para constar, os neozelandeses terminarão a Copa na frente da atual campeã Itália e da vice França. Uma vitória maiúscula, apesar do time só ter empatado.

Rodrigo Stafford e Tatiana Furtado

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Felicidade duplicada


Vencedores e vencidos, alemães e ganeses deixaram o estádio Soccer City abraçados e felizes da vida. No placar 1 a 0 para a Alemanha. Na tabela, presença garantida de ambos nas oitavas de final. O primeiro duela com a Inglaterra, no que deve ser guerra em campo. O segundo terá os Estados Unidos pela frente.

Em campo, o empate não teria sido injusto, ambos teriam se classificados, mas com as posições invertidas. As duas equipes jogaram pelo objetivo do futebol: fazer gols. Os alemães, com um time muito bom, conseguiram ser mais certeiros. Özil acertou belo chute de fora da área e garantiu a vitória e o alívio. Gana não se intimidou diante da Alemanha e do seu histórico em Mundiais - nunca deixou de se classificar para a segunda fase de uma Copa. Teve muitas chances, levou perigo ao gol de Neuer. Só que a pontaria não estava nos seus melhores dias.

Ainda bem que a Sérvia não fez seu papel no outro jogo e finalmente um africano passou às oitavas.


Tatiana Furtado
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A morte dupla de Sérvia e Austrália


Quem não faz, leva. O ditado que todos aprendemos ainda na infância seja num jogo de futebol ou numa partida de botão ou totó, foi a tônica de Sérvia e Austrália.

Os sérvios, se mostraram carentes de um matador, e cansaram de perder gols.
Não que os australianos não tenham perdido diversas chances, mas pelo menos eles chegaram aos gol duas vezes, com Cahill e Holman. Mas não foi nem perto com o que fez Zigic, Pantelic e Krasic.

O resultado eliminou sérvios e australianos e teve peso diferente para ambos. Se para o time europeu, o resultado foi decepcionante, já que a classificação só dependia deles mesmos, mostrou também que os sérvios estão muito longe de um dia vencer uma Copa do Mundo. Já os australianos mostraram ao mundo que não são tão ruins, nem tão violentos quanto mostraram no primeiro jogo contra a Alemanha.


Fim de jogo, fim de Copa e as duas seleções eliminadas abraçadas
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Yes, we can


Este aí em cima na foto fez valer o lema americano "Yes, we can", propagado pelo presidente Obama. Donavan foi um dos que acreditaram até o fim na classificação americana às oitavas de final. O camisa 10 dos EUA fez o gol nos acréscimos, que não só deu a vaga, como o primeiro lugar do Grupo C, à frente dos ingleses.

Longe de apresentar um futebol brilhante, o time americano mereceu se classificar pelo simples fato de ter lutado pela vitória mais do que a Argélia. Se faltou qualidade no arremate - como perderam gols feitos, que o diga Dempsey -, vontade teve de sobra. Não à toa, o gol saiu aos 46 minutos do segundo tempo, quando o empate estava classificando a Eslovênia, que acabara de perder pra Inglaterra.

Os Estados Unidos mostraram que podem sim com um futebol competitivo e lampejos de talento nos pés de Bradley e Donovan. Diante de um time de mais qualidade não devem ter a mesma força. Mas que eles podem, podem.

Tatiana Furtado
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Na conta do chá inglês



Mais uma vez os ingleses não jogaram bem, mas pelo menos desta vez mostraram vontade. Verdade que ao fim do jogo foi uma vontade meio tímida, segurando o 1 a 0, contra a Eslovênia, que estava satisfeita com a derrota que a classificou até o fim do jogo, quando Donovan fez o gol da classificação dos Estados Unidos.

Mas o castigo pela falta de ambição inglesa pode ser jogar com a Alemanha nas oitavas de final, já que os norte-americanos ficaram na primeira posição do grupo C.

Vamos ao jogo. A Inglaterra trocou o péssimo Heskey por Defoe e o ataque ganhou mobilidade. Rooney saía mais da área e o time corria mais. No entanto, a falta de velocidade continuou no meio-campo e sem ninguém para abrir espaços (Milner não faz isso), Gerrard e Lampard continuavam trocando passes sem mostrar a criatividade que têm em seus clubes.

O segundo tempo foi mais animado. Os ingleses tentavam furar a defesa da Eslovênia, que plantada esperava pelo empate entre EUA e Argélia para se classificar. Fabio Capello mexeu mal. Não ao colocar Joe Cole em campo, já que até a rainha Elizabeth acha que ele deve ser titular, mas ao tirar Rooney, que saiu de campo bem bravo.

Tirando uma chance da Eslovenia, salva pelo zagueiro Upson, nos últimos quinze minutos não houve jogo com ingleses e eslovenos prendendo a bola. Para ir adiante no Mundial, os ingleses precisam de mais criatividade e velocidade para ganhar de times mais fortes que a Eslovenia.


Rodrigo Stafford
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