2002 e o roubo coreano

2002 e o roubo coreano

Sou totalmente contra teorias da conspiração no futebol, que produzem histórias mirabolantes de times inteiros vendidos por questões financeiras, políticas, entre outras. Não que o mundo do esporte seja um lindo conto de fadas sempre com final feliz. É só tomarmos como exemplo a Coreia do Sul em 2002, que ficou em quarto lugar. Os donos do evento foram claramente beneficiados naquela Copa, mas não digo que compraram o Mundial e por uma obra do acaso o Brasil foi o campeão (ah, deve ser porque venderam a Copa de 98 em troca da de 2002). Itália e Espanha que o digam.



Mas os fatos são claros em relação ao time coreano e as polêmicas arbitragens. Até então a seleção coreana nunca havia vencido uma partida em Copa. A primeira veio diante da Polônia, na estreia em casa. Depois um empate com os EUA e o primeiro lugar do seu grupo com a vitória sobre Portugal. Sem dificuldades, Coreia do Sul nas oitavas de final pela primeira vez. Já era uma grande surpresa. Mas como tinha o público a favor, montou um time direitinho, tudo corria bem.

Até chegar a Itália. Os coreanos poderiam ter saído na frente com gol de pênalti, mas Buffon pegou. Vieri, de cabeça, abriu o placar. De tanto pressionar e com várias faltas marcadas a seu favor, a Coreia empatou aos 43 com Ki-hyeon. Na morte súbita, mais erros. Totti recebeu o segundo amarelo e foi expulso, de forma equivocada, por simular um pênalti. Depois, Tomasi teve um gol anulado por impedimento. Resultado: gol de ouro no fim de Jung-hwan.

O pior veio nas quartas contra a Espanha. Os espanhóis jogaram melhor, mas tiveram dois gols mal anulados. Um logo no início da partida . O outro aos dois minutos da morte súbita. Com o 0 a 0 no placar, vitória sul-coreana nos pênaltis (5 a 3) e muita revolta espanhola. Será que a África do Sul vai só de vuvuzela ou de também de juiz amigo para fazer pressão?

Tatiana Furtado